quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dilma e Cunha: os dois grandes perdedores

A eleição na Câmara dos deputados e a falência da ex presidente Dilma Housseff

dilmacunha
Eduardo Cunha e Dilma Rousseff, os dois grandes derrotados na Câmara Federal
Por Heron Cid
Dois grandes perdedores de saldo: Eduardo Cunha e Dilma Rousseff. Eis o extrato da eleição para presidência da Câmara Federal, ontem.
Cunha viu o candidato de sua simpatia, Rogério Rosso (PSD), naufragar no segundo turno, e assistir um democrata, partido que trabalha pela sua cassação, triunfar na cadeira que um dia foi soberanamente sua.
A sorte de Cunha tende a minguar daqui pra frente, quando a CCJ deve derrubar seu recurso, para logo após dispor sua pele já calejada a um plenário ávido por sepultá-lo, sem direito a velório.
O saldo do embate de ontem também expõe com clareza solar a falência completa do que restou da base da presidente afastada. Nenhum dos seus candidatos, até o peemedebista Marcelo Castro, chegou perto do segundo turno.
Dividido, o exército atabalhoado de Dilma precisou no segundo turno ter que escolher entre Rosso e Rodrigo Maia, dois eleitores do impeachment, e se viu obrigado baixar a guarda, se adaptar aos novos tempos e votar num deputado do DEM.
Exatamente o que ela, horas antes, rogou: “A Câmara precisa ter um presidente que votou contra o impeachment”. Baque total.
O resultado distancia a presidente afastada da cena, faz o governo Michel Temer se impor com sobeja maioria na Casa e consolidar uma base política de fazer inveja ao ex-presidente Lula em seus tempos de glória e profícua articulação política.
A cada novo lance, a realidade joga Dilma cada vez mais para fora do campo.

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