Diabetes na gravidez afeta 7% das mulheres
Diabetes gestacional é caracterizada pelo aumento dos níveis de
glicose no sangue durante a gravidez. O rastreamento deve ocorrer entre a
24º e 28º semana da gestação. Mulheres obesas, fumantes, sedentárias ou
com histórico familiar da doença têm maior predisposição de desenvolver
a doença.
“Não existem causas exatas para essa condição, não há como determinar
por que ela surge”, afirma o dr. Belmiro Gonçalves, diretor de eventos
da regional de Campinas da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do
Estado de São Paulo (SOGESP).
Por se tratar de uma situação de alto risco, o acompanhamento da
paciente deve ocorrer em ambulatórios especializados por uma equipe
multidisciplinar com experiência e treinamento nos cuidados com a
doença, incluindo enfermeiros, nutricionistas e terapeutas.
Entre as conseqüências dos altos níveis de glicose, os fetos podem
crescer demais. Na adolescência, pode manifestar diabetes e obesidade.
Para a mãe, há risco de hipertensão, iniciando com inchaço nas pernas e
com possibilidade de evoluir para um quadro de eclampsia. Pode acarretar
também em parto prematuro e mortalidade materno-fetal, se não
identificada e tratada precocemente.
“Indicamos um controle muito rigoroso com dieta, exercícios e,
eventualmente, terapia com insulina. O que significa um maior número de
consulta pré-natal do que as mulheres grávidas não diabéticas”, explica.
Em muitos casos, a terapia nutricional é suficiente para manter os
níveis de glicose equilibrados, e o ideal é manter a alimentação
saudável também no pós-parto.
Dificilmente a doença apresenta manifestações específicas. Sintomas
como aumento da vontade de urinar, sensação de fraqueza e mais apetite
também são próprios da gravidez. Somente o exame de glicemia de jejum
pode confirmar o diagnóstico.
Durante a gravidez, a doença tende a piorar caso não seja controlada
adequadamente. Após o parto, os níveis de açúcar no sangue costumam
voltar ao normal, entretanto, o quadro pode se repetir em uma gestação
futura. Se a mulher não perder o peso excedente, existe a possibilidade
de desenvolver o diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, o que acontece em
até 40% dos casos.
Para evitar este quadro, diversas medidas são adotadas antes da
gravidez em pacientes com fatores de risco. Uma delas é a prática de
atividade física e uma alimentação saudável e equilibrada, evitando o
consumo excessivo de carboidratos.
MaisPB
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