Heron Cid é jornalista graduado pela UFPB. Filho de
Marizópolis, no Sertão da Paraíba, começou na Rádio Jornal AM, em Sousa,
foi repórter de política do Correio Debate (Correio Sat), apresentador
dos programas Jornal da Correio e Correio Verdade, da TV Correio.
Atualmente é um dos apresentadores do Correio Debate (Correio Sat),
apresentador do Jornal da Correio (TV Correio), colunista político do
Jornal Correio da Paraíba e fundador e diretor geral do Portal MaisPB.
Contato: heroncid@gmail.com
SIMBOLOGIA
Menos pelo modesto potencial
eleitoral, muito mais pela força simbólica. A defecção pública da
ex-secretária de Finanças do Estado, Aracilba Rocha, é um fato político,
no mínimo, desconfortável para a campanha do governador Ricardo
Coutinho, a quem a engenheira serviu devotadamente durante quase uma
década.
Em 2010, Aracilba atuou no time de frente que trabalhou e ajudou a alçar
Ricardo ao mais alto posto da hierarquia estadual, uma previsão fora do
horóscopo dos setores majoritários da classe política e da comunicação
naquele emblemático ano em que o socialista suplantou o favoritismo de
José Maranhão.
De conhecido estilo despojado e espontâneo, Aracilba fazia questão de
“cuidar” de Ricardo na rotina agitada da eleição estadual passada. De
tão dedicada, às vezes até exagerava. Há depoimentos de quem lhe viu em
algumas ocasiões botar o almoço do então candidato na mesa nas andanças
Paraíba afora.
No governo, foi operosa auxiliar e abnegada defensora da gestão.
Comandou uma das pastas mais delicadas e espinhosas de uma administração
que, a duras penas, conquistou o equilíbrio fiscal e tirou a Paraíba da
linha vermelha do comprometimento dos recursos com folha de pessoal.
Comprou muitas brigas e abriu frentes.
A razão do seu afastamento de Ricardo não se deu somente pela preterição
na pretensão de contar com algum nível de reciprocidade do seu líder no
acalentado projeto de disputar uma vaga na Assembleia, mas pela forma
de isolamento a que foi condenada pelo crime de ousar insistir num
caminho diferente da orientação do chefe.
Portanto, pela história pública e superação pessoal, Aracilba não pode
entrar na vala comum das corriqueiras adesões anunciadas todos os dias
pelas diligentes assessorias dos candidatos ao governo. A sua ruptura é
menos um tijolo de outros tantos da obra que elegeu Ricardo e agora
serve à construção do projeto adversário.
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