Homem tem mais medo de impotência que de desemprego
O
homem brasileiro tem mais medo da impotência sexual (28%) do que ser
traído pela mulher (25%), perder o emprego (25%) ou ser assaltado (18%).
Isso é o que revela uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (15), Dia
Nacional do Homem, pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia). O
levantamento ouviu 3.500 homens acima dos 40 anos em sete cidades do
País.
No Rio de Janeiro e em Porto Alegre, os resultados
foram os mesmos, ou seja, o maior receio deles (56%) é ficar impotente.
Já para 18% dos cariocas e gaúchos perder o emprego é o principal temor.
Em Brasília, o público masculino respondeu que ter medo da impotência é
tão ruim quanto ser traído (28% para cada um). Para os mineiros, ficar
desempregado (48%) está à frente do receio da impotência (23%). Em
Salvador e Goiânia, a disfunção erétil ficou atrás de ser traído pela
mulher. Por fim, os paulistanos revelaram que seu maior medo é ser
assaltado (28%), seguido por traição e impotência, que ficaram com o
mesmo percentual, 23%.
Para o urologista Carlos Corradi, presidente da SBU, "ainda hoje existe muito preconceito em relação à saúde masculina".
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Muitas vezes o machismo impede que o homem cuide da sua própria saúde. O
homem precisa ter consciência de que exames como o de toque não vão
fazer com que ele perca a virilidade.
A pesquisa da SBU também
revelou que 51% dos homens não costumam ir ao urologista ou ao
cardiologista com regularidade. Entre os problemas de saúde que podem
afetar os homens, o câncer é o que mais preocupa, com 20%, seguido por
problemas de ereção (16%). O infarto (14%) e o derrame cerebral (10%)
também foram citados pelo público masculino.
Diante desse cenário, Corradi alerta que "a chave para o tratamento e cura de muitas doenças é a detecção precoce".
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Nesse ponto, a participação da mulher é muito importante: 90% dos
pacientes vão ao consultório levados pela companheira. Dessa forma, elas
têm papel preponderante na prevenção de doenças como o câncer de
próstata.
Outro dado da pesquisa mostra que a famosa "barriguinha
de chope" não é levada a sério, ou seja, muitos homens não relacionam o
tamanho da circunferência abdominal com a saúde. Nesse quesito, 59% não
sabem qual a medida ideal da circunferência abdominal para evitar
problemas de saúde e 55% dizem desconhecer o tamanho de sua própria
cintura.
Segundo o urologista Archimedes Nardozza Júnior, da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), "o número ideal deve estar
entre 90 e 95 cm e somente 8% dos homens responderam essa alternativa".
Os
resultados também apontam que 83% dos brasileiros não conhecem os
sintomas da andropausa, por exemplo, que é a baixa acentuada da
testosterona. A queda do hormônio masculino ocorre ao longo dos anos e
pode causar a tão temida impotência sexual. Para driblar o problema,
muitos especialistas recomendam a reposição hormonal com testosterona,
no entanto, 48% dos homens não sabem ou nunca ouviram falar sobre a
terapia.
R7
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