Elvis Presley |
ESPECIAL: DIA MUNDIAL DO ROCK – ANOS 50
Celebrado como o Dia Mundial do Rock, o 13 de julho é só mais um motivo pra
lembrarmos dos grandes gênios que construiram parte da cultura de todo o planeta
nesses quase 60 anos desde que o rhythm & blues e o country – com
grande influência da música gospel – se chocaram e forjaram o gênero
musical mais influente do mundo.
Seja inspirado por Elvis Presley, The Beatles, The Clash, doutrinado por
Bob Dylan e Neil Young, experimentado por Radiohead e tantos outros, ou mesmo
maltrado, como foi durantes décadas por pastiches do britpop, oportunistas
do hair-metal ou o vazio da proliferação vintage de garagem da década atual,
o rock and roll foi influenciado pelas mudanças políticas, sociais e culturais
do planeta e, na mesma proporção, influênciou gerações.
ANOS 50
Nome mais conhecido da década e, ao lado de The Beatles e Michael Jackson,
da história da música na cultura pop, Elvis Presley foi o responsável por
apresentar o rock ao mundo, mas Chuck Berry, Bill Halley, Jerry Lee Lewis,
Fats Domino e Little Richards eram os responsáveis pela ponte e pela fusão
entre o r&b e o gênero mais famoso do mundo, resultando no que comemoramos
hoje, treze de julho.
A década foi marcada pela dificuldade sofrida por artistas brancos e negros.
Se Elvis sofreu preconceito por se inserir no mundo da música negra com influências
r&b e gospel, as dificuldades de artistas negros como Little Richard,
Chuck Berry e Fats Domino eram insuportáveis. Os Estados Unidos ainda cultivava
a segregação racial, e negros eram linchados ao tentarem mostrar as suas músicas
em outros lugares.
Os conflitos e a imagem rebelde que o rock construia atraiu muitos canastrões
que se aproveitavam da base criada pelos artistas negros, ávidos por mudanças
na efervercência social pela qual o país passava. Um exemplo disso é o que
aconteceu com Pat Boone. Para não chocar o público da classe média americana
– alvo das grandes gravadoras -, ele gravou Tutti Frutti, mudando a letra
de Little Richard (negro e homossexual assumido), com o objetivo de poupar
a família norte-americana. E é claro, foi um sucesso. Êxito que, de acordo
com as gravadoras, seria passageiro.
Hoje sabemos o quanto isso soa absurdo, mas Elvis, Little Richards e cia,
tiveram que transbordar energia e inspiração para abrir espaço para quem viria
na década posterior.
A década de 50 também marcou o jazz de Thelonious Monk, Duke Ellington, Miles
Davis, Dave Brubeck e Billie Holiday que assombravam o mundo com um clima
de tensão soturna e experimentações inesquecíveis.
ESPECIAL: DIA MUNDIAL DO ROCK – ANOS 60
Os anos 60 trouxeram a esperança de um mundo livre com a revolução sexual
– e também com as drogas. A popularização do rock e a formação dos primeiros
ídolos catapultaram os riffs de guitarras para as ruas. Cada vez mais, os
artistas se confundiam com o seu público, e assim, estreitavam a relação entre
eles. Os jovens se identificavam nas canções, e os compositores buscavam na
vida de cada um os temas para as suas músicas.
Os Beatles, além de serem a banda mais influente da década e da história,
servem como um exemplo cristalino do que foram os anos 60. Uma década esperançosa
e otimista em seu começo, assim como a banda de Liverpool com suas composições
ensoladaras e contagiantes e seus ternos, barbas e cabelos estrategicamente
cortados, mas que depois, com o estouro das drogas, violência e a guerra no
Vietnã, trocou os sorrisos pela visão cínica e confusa do mundo – muito
bem representadas em Revolver, Sgt. Peppers e White Album -, enquanto as roupas
mudavam e os cabelos cresciam.
O folk de Bob Dylan, no começo da década, e Van Morrison e Tim Buckley, depois,
pode ser apontado como um dos principais movimentos dessa época. Constantemente
alçado como porta-voz de uma geração, Dylan sempre descartou a responsabilidade
de liderar qualquer mudança ou movimento. Mas a música de Bob Dylan tinha
força pra isso. Ele mudou não só a cabeça de muitos jovens, como a forma de
se escrever. Os personagens milimetricamente trabalhados e cheios de vida,
e as imagens construídas pelas letras de suas músicas eram algo novo. The
Freewheelin’ Bob Dylan, Highway 61 Revisited e Blonde on Blonde eram
maduros e emocionavam. Com o folk, o rock and roll, além da energia e da transpiração
dos anos 50, ganhava densidade e se escancarava de forma confessional.
Mas engana-se quem pensa que o caminho que Bob Dylan e outros trovadores
criaram apagaria a urgência do rock and roll. A invasão britânica liderada
pelo apelo popular dos Beatles e pela força sedutora dos Rolling Stones mostrou
ao mundo que o rock podia fazer chorar e ao mesmo tempo, rir, pular e gritar.
Enquanto Lennon e Macca experimentavam, e Jagger e Richards sexualizavam a
música, jovens e verdadeiros juggernauts como o The Who, na Inglaterra, e
MC5 e Stooges nos Estados Unidos (na primeira e principal semente do punk
rock) incendiavam países com golpes impiedosos contra os seus instrumentos
e letras contestadoras e inconsequentes.
Essa “briga” entre Inglaterra e Estados Unidos marcou os anos 60
e, principalmente, duas bandas: The Beatles e Beach Boys. Os jovens de Liverpool
começaram a mudar o mundo e a música quando deixaram o otimismo de lado e
assumiram uma postura de experimentação em Rubber Soul e Revolver. Abordagens
verossímeis do mundo e mudanças radicais em harmonias e melodias, confundiram
e maravilharam o planeta. Esses sentimentos se exacerbaram do outro lado do
oceano, mas de forma perigosa e desafiadora no lider dos Beach Boys, Brian
Wilson. Ele não tirava da cabeça que seu objetivo de vida era fazer algo melhor
do que os Beatles tinham feito. Com isso em mente, se trancou no estúdio por
meses com um só pensamento: fazer o pop perfeito. O resultado – além
de uma crise nervosa em Wilson – por mais improvável que parecesse, foi
Pet Sounds, um álbum tão bom e até mais belo do que o que Macca, Lennon e
cia haviam feito até o momento. O problema é que os ingleses responderam,
imediatamente, com Sgt. Peppers e White Album. Resultado: Brian Wilson enlouqueceu
de vez, desistiu do álbum que estava preparando (Smile, lançado só na década
de 2000), e sumiu por muito tempo.
A fase de experimentação do rock nunca foi tão prolífica como nesta década,
e o surgimento de um movimento psicodélico, repleto de improvisações e muito
felling, trouxe grupos como Cream (de Eric Clapton) e o Pink Floyd (na época
liderado pelo psicótico Syd Barret). Mas o principal expoente das experimentações
da psicodelia e dos excessos do rock foi o maior gênio da guitarra, Jimi Hendrix.
A forma quase sobrenatural de se relacionar com o instrumento criou uma imagem
mística em volta de Hendrix. Sua música era urgente, forte e cheia de uma
sexualidade que caracteriza o rock and roll até hoje como o estilo “que
seus pais não aprovariam”.
Com o mundo já exposto, e o rock and roll cada vez mais autoral, as composições
ficararam mais complexas e as metáforas dariam lugar às histórias regadas
de drogas, fracassos e pensamentos sobre a socidade. Jim Morrison e seu The
Doors, poético e pretensioso, e Lou Reed e John Cale, com o Velvet Underground,
eram os expoentes dessa ode à verdade. Enquanto o The Doors flertava com o
blues e o jazz, o Velvet Underground era sujo a maior parte do tempo –
apesar de Cale ser um músico melódico e técnico. Mas o rock and roll não se
comunicava apenas com petardos, diretos e crus, prova disso são Frank Zappa
e The Kinks. O primeiro, um virtuoso multiinstrumentista que experimentava
a todo momento sem pretensões de mudar o mundo. O segundo, uma banda liderada
por Ray Davies, se comunicava musicalmente de forma elegante e sutil. As letras
do The Kinks eram simples e bem humoradas, mas eram ácidas, irônicas e não
perdoavam ninguém.
O rock da década de 60 também poderia ser simplesmente belo e bem feito,
sem se encaixar em movimentos, inovações ou revoluções. A prova disso eram
a The Band, formada por membros da banda de apoio de Bob Dylan e o The Zombies,
que passou décadas em branco, sem ser reconhecido.
A The Band conseguiu controlar todas as referências da década, se esquivar
da psicodelia, escapar do virtuosimo – os seus membros eram todos músicos
técnicamente perfeitos – e fazer uma música concisa e bem delineada,
sendo uma das saídas a toda abstração que o ácido e as experimentações trouxeram
para a música. O mesmo efeito de precisão e honestidade dá o tom de Odessey
e Oracle, do The Zombies. Uma obra prima com influências claras do jazz e
com uma sinceridade e uma doçura sem fins, evocando o prazer de fazer música
por paixão, com o que cada um sente e deseja, influenciados pelo otimismo,
pelas experimentações, pela liberdade e pela realidade, conhecida mais tarde
de forma abrupta, que são a sintese do que os anos 60 representaram para o
rock and roll e o que o rock and roll representou para os anos 60.
Quando surgiu o rock n'roll? O que é exatamente o rock? Quem é o
pai do rock?
Todas estas perguntas são difíceis de responder, dada a quantidade de influências
que cercam a história do rock. Mistura de música da elite com a música do
povo, música de preto misturada com música de branco, uma salada de estilos
definiu como rock n'roll aquela música agitada que embalou tantos jovens na
década de 50 e até hoje possui seguidores fiéis - desde os admiradores do
rock antigo, como os fãs de suas mais diversas variações e ramificações: o
progressivo, o heavy metal, o punk rock, o hard rock, e por aí vai.
A imagem de rebeldia associada ao rock não é gratuita. Quando o estilo despontou,
no início da década de 50, o mundo se deparava com a alegria do final da Segunda
Guerra Mundial e da Guerra da Coréia. As pessoas queriam comemorar, principalmente
nos Estados Unidos, que despontava como grande potência mundial.
Por outro lado, havia a pressão da Guerra Fria e a idéia de que, com o anúncio
da explosão de bombas atômicas pela então União Soviética, era possível o
"fim do mundo" a qualquer momento. Assim, aproveitar cada momento
como se fosse o último era a ordem do dia. Daí para a idéia de rebeldia era
um passo: para curtir a vida a qualquer preço, havia o prazer da transgressão,
o fascínio pelas motos e pela alta velocidade, as festas intermináveis.
Bill Haley and his Comets, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Carl Pergkins, Fats
Domino, Little Richard, The Beatles, Elvis Presley, entre outros, foram os
primeiros nomes a arrastar multidões que ansiavam por um estilo de música
jovem, moderna e dançante.
No Brasil, a cantora Nora Ney - da fase áurea do rádio e conhecida como "rainha
da fossa" - foi quem curiosamente cantou o primeiro rock em português.
Mas o fenômeno do rock mesmo só começou com os irmão Tony e Celly Campelo.
Depois, era a vez da Jovem Guarda, de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia,
inspirados nos Beatles, os meninos de Liverpool.
Na década de 70, destacou-se Raul Seixas; nos dez anos seguintes, foi a vez
do boom do rock nacional com Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Engenheiros
do Hawaii, Blitz, Barão Vermelho, Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Capital
Inicial, Titãs e Paralamas do Sucesso. Na música solo, destaque para Cazuza,
Marina Lima, Lulu Santos, Rita Lee, Lobão, entre outros.
Um pouco de História
Um pouco de História
A origem do rock n'roll se encontra no blues, a quem deve a estrutura rítmica
e melódica. O blues, criado pelos negros trazidos da África para trabalhar
nas plantações de algodão nos Estados Unidos, no início do século XX, nasceu
dos cantos dos escravos, geralmente cheios de tristeza e saudade de sua terra
natal. Não é à toa que recebeu o nome de blues, que em inglês significa melancolia
e tristeza.
Na época, o estilo musical mais popular era o jazz, "música branca"
baseada na improvisação e com ênfase nos instrumentos de percussão e sopro.
O blues apareceu como alternativa: era a expressão da música negra.
Outro ingrediente entrou na mistura que daria no rock. Tratava-se da música
gospel, característica das igrejas evangélicas, com um toque de blues e mensagens
para o povo oprimido. O ritmo country também contribuiu para a consolidação
do rock - principalmente no que se refere à definição do nome para o estilo
musical, graças ao radialista Alan Freed.
Gíria dos negros norte-americanos que faz alusão ato sexual e está presente
em muitas letras de blues, a expressão rock and roll foi usada por Alan para
difundir o novo gênero musical que começara a se disseminar.
Em 1951, Allan lançou o programa de rádio "Moon Dog Show", mais
tarde rebatizado de "Moon Dog Rock and Roll Party", ao mesmo tempo
que promovia festas com o mesmo nome. Tudo para difundir o novo gênero.
Rei das Multidões
Rei das Multidões
Sam Phillips, dono da gravadora Sun Records, de Memphis, no estado de Tenessee
(EUA), sentindo a força do novo ritmo musical que surgia no mercado radiofônico,
disse a célebre frase em 1954: "Se eu achasse um branco de alma negra,
eu ganharia um milhão de dólares". Ele não ganhou, mas achou Elvis Presley
- um dos ídolos do rock mundial que até hoje angaria fãs.
No mesmo ano, precisamente em 5 de julho, Elvis Aaron Presley, um caminhoneiro,
entrava nos estúdios da gravadora de Sam para gravar "That's all right"
do cantor de blues Arthur "Big Boy" Cradup.
Dois dias depois, a música tocava pela primeira vez numa rádio e, no dia
19, Elvis lançava seu primeiro compacto.
Nascido em 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Mississipi, Elvis se mudou com
a família para Memphis, onde iria se iniciar na carreira de cantor.
Após o sucesso da música "That's all right", ele foi contratado
pela RCA, um dos gigantes da indústria fonográfica, em 1955. No repertório,
blues e country davam o tom. E no palco, movimentos pélvicos seriam sua marca
registrada, levando as fãs ao delírio e caindo como uma luva para o apelido
"Elvis - the pelvis".
Em 1956, ele estreou no cinema, como o galã do faroeste "Ama-me com
ternura". Além de atuar, canta um dos seus maiores sucessos: "Love
me Tender", inspirado numa melodia de 1861 e lançado pouco antes do filme.
Em agosto de 1977, Elvis vem a falecer em decorrência de uma arritmia cardíaca,
em sua mansão, conhecida como Graceland, localizada em Memphis. Desde então,
16 de agosto é considerado o Dia Nacional de Elvis, sempre muito comemorado
nos Estados Unidos.
Curiosidades do rock
Curiosidades do rock
O que os rockstars faziam antes da fama? Chuck Berry foi cabelereiro; Deborah
Harry (Blondie) foi garçonete de um clube da Playboy; Duff McKagan (Guns N'Roses)
chegou a roubar carros; Elvis Presley foi motorista de caminhão; Phil Collins
foi ator de teatro infantil; Sting foi leiteiro e professor; Van Morrison
foi limpador de janelas; Joe Cocker foi encanador; Jimi Hendrix foi paraquedista
no exército.
O álbum "Ummagumma" do Pink Floyd foi editado com várias capas
diferentes ao redor do mundo; entretanto, para se perceber tais diferenças
é necessário ser um observador atento, pois elas ocorrem na foto da capa,
com os músicos aparecendo em posição diferente, e num pequeno quadro que está
na parede.
Inicialmente "Festa de Arromba", o mais importante programa musical
dos anos 60, terminou por chamar-se "Jovem Guarda", por sugestão
do publicitário Carlito Maia, da MM&P. O novo nome foi extraído de uma
frase do revolucionário soviético Lenin: "O futuro pertence à Jovem Guarda
porque a velha está ultrapassada". Apresentado por Roberto Carlos, Erasmo
Carlos e Wanderléa, a idéia original era ter ao lado de RC a "rainha
do rock" Celly Campello, que não aceitou retornar à vida artística. O
programa entrou no ar em 1965, aos domingos à tarde, substituindo a transmissão
ao vivo dos jogos do Campeonato Paulista de Futebol.
Sobre a lápide de Jim Morrison está escrito "Kawa Ton Aaimona Eaytoy".
A inscrição em grego significa "queime seu demônio interior".
O Made in Brazil é, sem dúvida, a banda que mais variou de formação até hoje,
pois ao longo de seus mais de trinta anos de carreira, já passou por mais
de 150 formações diferentes!
O álbum que possui o título mais comprido - pelo menos na história do Rock
- é o de estréia do Tyranossaurus Rex, banda de Marc Bolan que duraria até
1970, ano em que Bolan montaria o T.Rex, que ao contrário do que muitos pensam,
não se trata de uma continuação do grupo anterior. O nome do disco é "My
people were fair and had sky in their hair, but now they're content to wear
stars on their brows".
Cláudio César Dias Baptista, irmão mais velho de Arnaldo e Sérgio Baptista
do Mutantes, construiu no final da década de 60 uma guitarra revestida de
ouro, ao qual deu o nome "Guitarra Régulus Modelo Raphael", em homenagem
a Raphael Vilardi, guitarrista que participou do primeiro compacto do Mutantes,
quando então se chamavam "O'Seis". Como se não bastasse as inovações
técnicas que implementou, Cláudio decidiu gravar nela uma "maldição",
onde estava escrito que se alguém desrespeitasse o instrumento, levando-o
consigo sem a permissão do legítimo proprietário, esta pessoa seria perseguida
pelas forças do Mal, até que a guitarra voltasse ao seu dono. Mais tarde,
a guitarra acabou sendo roubada, e foi parar na mão de um indivíduo que, quando
se deparou com a "maldição", mais que depressa se apressou em reencaminhá-la
de volta ao seu criador.
Patrick Moraz, tecladista do Yes, tocou na gravação original de "Avohai"
de Zé Ramalho, que conta ainda com a participação de Sérgio Dias Baptista
na guitarra.
Quando de sua primeira passagem pelo Brasil em 1975, Rick Wakeman teve uma
audiência com o então Presidente Médici, que solicitou ao tecladista que incluísse
no set list daquela noite músicas de seus três principais discos, pois os
filhos do Presidente só poderiam ir a um show da turnê brasileira.
Após uma apresentação do Led Zeppelin em 18 de agosto de 1969 na cidade de
Toronto, no Canadá, a banda decidiu fazer um set acústico do lado de fora
do clube! Entretanto, como ainda não eram muito conhecidos, praticamente ninguém
reparou naqueles cabeludos que tocavam na calçada...
No álbum "O Último Solo" de Renato Russo há algumas músicas em
inglês, gravadas originalmente para entrar no álbum "The Stonewall Celebration
Concert", mas que ficaram de fora pois a fábrica que produziu os discos,
naquela época, simplesmente não tinha como fabricar CDs com mais de 70 minutos
de duração.
Tina Turner & Mck Jagger |
Mas porque 13 de julho? Foi no dia 13 de julho de 1985 que um cara chamado
Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem
dúvida o maior show de rock da Terra, o Live Aid - uma perfeita combinação
de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.
Além de contar com nomes de peso da música internacional, o Live Aid tinha
um teor mais elevado, que era a tentativa nobre de conseguir fundos para que
a miséria e a fome na África pudessem ser pelo menos minimizadas. Dois shows
foram realizados, sendo um no lendário Wembley Stadium de Londres (Inglaterra)
e outro no não menos lendário JFK Stadium na Filadélfia (EUA).
Pete Towshend (The Who)
|
Os shows traziam um elenco de megastars, como Paul McCartney, The Who, Elton
John, Boomtown Rats, Adam Ant, Ultravox, Elvis Costello, Black Sabbath, Run
DMC, Sting, Brian Adams, U2, Dire Straits, David Bowie, The Pretenders, The
Who, Santana, Madona, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan,
Lionel Ritchie, Rolling Stones, Queen, The Cars, The Four Tops, Beach Boys,
entre outros, alcançando uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores
em todo o planeta, em cerca de 140 países. Ao contrário do festival Woodstock
(tanto o 1 como o 2), o Live Aid conseguiu tocar não somente os bolsos e as
mentes das pessoas, mas também os corações.
No show da Filadélfia, Joan Baez abriu o evento executando "Amazing
Grace", com cerca de 101 mil pessoas cantando em coro o trecho "eu
estava perdido e agora me encontrei, eu estava cego e agora consigo ver".
Este show marcou também a única reunião dos três sobreviventes da banda Led
Zeppelin, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, com a presença ilustre
de Phil Collins na bateria.
Paul McCartney & Elton John |
No final deste show, Mick Jagger e Tina Turner juntos, cantando "State
of Shock" e "It's Only Rock and Roll", com Daryl Hall, John
Oates e os ex-integrantes dos Temptations, David Ruffin e Eddie Kendrichs
fazendo os backing vocals. Foi realmente um momento único na história do ROCK!
O Live Aid conseguiu em 16 horas de show acumular cerca de 100 milhões de
dólares, totalmente destinados ao povo faminto e miserável da África. Isso
é a cara do ROCK AND ROLL!
Robert Plant & Jimmi Page (Led Zeppelin)
Fonte: www.rocknbeats.com.br/ www.ibge.gov.br/www.portaldorock.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário