Votação de contas de Ricardo Coutinho é adiada, relatório continua em sigilo e AL quer presença do governador
Graça Macena com informações da CBN
Após desentendimento entre parlamentares da bancada governista e de oposição, a Comissão de Acompanhamento e Controle
da Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB)
adiou nesta quarta-feira (2) a apreciação e votação da prestação de
contas do Governo Estadual referente ao exercício de 2011 e aprovou
requerimento pedindo a realização de audiência púlica com presença do
governador.
A
confusão que não permitiu a continuidade dos trabalhos da Comissão de
Orçamento foi gerada quando o deputado Caio Roberto (PP), solicitou
audiência pública convocando setores da sociedade e o governador Ricardo
Coutinho (PSB) para dar explicações sobre pontos de desencontros
encontrados no relatório do Tribunal de contas do Estado (TCE), como
por exemplo, a não nomeação e convocação dos aprovados no concurso
público para o Tribunal de Justiça e também da Polícia Civil, e ainda,
alguns gastos da saúde.
A
solicitação de audiência pública e o adiamento provocou a revolta do
deputado Hervázio Bezerra (PSB) que é líder do Governo na Casa, e
afirmou que para acontecer tal audiência, é preciso a presença de
auditores e membros do TCE para explicar que pontos de desencontros
foram esses identificados no relatório.
“Essa
reunião foi deprimente, porque até para se fazer oposição, você tem que
se fazer com dignidade e respeito, e o que eu vi aqui foi uma cena
deplorável. O governo tem minoria, o governo quer fazer o
debate, ora chegar e dizer que a ALPB não votou as contas do governador
porque o Governo não enviou as contas em tempo hábil é piada. Não se tem
o mínimo de conhecimento e agora não sei o que vai se acontecer depois
desse adiamento”, lamentou Hervázio.
Segundo
o deputado Frei Anastácio, o relatório já está pronto, mas como a
matéria foi adiada, ele continua mantenho o parecer sob sigilo. “É
uma prerrogativa minha como relator. Eu não posso apresentar o parecer
do meu relatório sem que a Comissão avalie. Ela vai seguir o meu
relatório se achar conveniente se não, ela vai rejeitar”, disse.
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