Michel Temer diz a colegas que acatará decisão do PMDB
"O que o partido resolver, eu estou junto. Faço o que for bom para o
partido. Se querem fazer uma convenção que declare a independência do
PMDB, que saia do governo, que façam. É preciso que saibam que essa
convenção não será feita para mim, para me manter na vice", disse Temer,
de acordo com relato de deputados que estiveram com ele ontem.
"Fui deputado, líder, presidente da Câmara e agora, vice-presidente, por
decisão do partido. Não preciso me apegar a nada. Tive sucesso na vida.
Se escrever um livro sobre Direito Constitucional, ele vende 500 mil
exemplares", desabafou Temer, ainda segundo relatos de parlamentares
presentes.
Ainda de acordo com os colegas de Temer, ele estava tranquilo, embora
insistisse que sempre procurou agir em nome do partido. Afirmou que,
quando defende a aliança com o PT, está sempre pensando que o PMDB
também terá ganhos. "A coligação não foi boa só para o PT. Foi boa
também para o PMDB", disse Temer, também segundo os relatos dos seus
correligionários.
As afirmações nos bastidores de Temer ocorrem dois dias depois de ele
falar, em público, que a aliança para a reeleição de Dilma estava
"garantidíssima".
Dilma já fez uma oferta de apoio do PT a candidatos do PMDB em Estados como Paraíba, Tocantins, Maranhão, Alagoas e Rondônia.
Estadão
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