sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Opinião

Alan Kardec

Especialista em marketing politico & propaganda eleitoral pela USP e bacharel em comunicação social pela UFPB.


Cássio pagará a fatura?



Os próximos passos do senador Cássio Cunha Lima serão decisivos para o seu futuro político. Mesmo o senador evitando o debate sobre 2014, e em muitos casos declarando apoio ao governador Ricardo Coutinho, Cássio sabe que a situação está ficando bastante delicada e requer uma decisão estratégica.

O escândalo do Jampa Digital complicou a situação de Ricardo Coutinho, que em poucos dias estará oficialmente sendo indiciado. Isso ainda não aconteceu porque o governador conta com foro privilegiado; uma das inúmeras aberrações criadas para proteger políticos envolvidos em corrupção.

Outro fator que deve deixar Cássio Cunha Lima bastante pensativo é baixa aprovação do governo e a antipatia criada com primazia pelo governador na sociedade pessoense, fato que tira hoje o favoritismo de Ricardo. A situação só não é pior porque o “socialista” ainda conta com a sorte de ter uma oposição sem candidatos competitivos.

Se Cássio mantiver o apoio ao PSB, terá que defender o governo e seus escândalos, coisa que não vem fazendo há muito tempo. E caso Ricardo ganhe e continue fazendo um péssimo governo, Cássio chegará em 2018 tendo que carregar o estigma de candidato da situação. Além disso, o povo vai creditar a culpa da má gestão ao senador Cássio, fiador político da eleição de 2010. Dessa forma, Cássio será responsabilizado pelo governo RC.

E como é bastante natural que o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, também dispute o governo em 2018, Cássio estará enfrentando um político que representa a renovação, gestor da Capital e com uma boa caneta na mão.

Em resumo, caso Cássio não seja candidato em 2014, estará escolhendo Cartaxo como adversário numa eleição provavelmente mais difícil, pois o apelo ao “novo” na política ainda é a estratégia retórica mais forte na nossa democracia.

Cássio deixará o cavalo selado passar, evitando disputar uma eleição mais fácil em 2014?

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