Cássio parte para cima do PT na Guerra aberta de CPIs
A
proposta bancada do PT no Senado pela instalação de uma CPI Mista para
investigar denúncias de que a Siemens e outras empresas formaram um
cartel para vencer concorrências em São Paulo de fornecimento e
manutenção de trens no metrô e na CPTM, nos governos tucanos, provocou
nesta terça-feira dura reação do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).-
Eles agem de forma articulada. Foi o anúncio da candidatura do Padilha
em um dia e, no outro, essa história de CPI.
É uma retaliação política da mais baixa e deplorável. Eles usam a
maioria que têm para intimidar a oposição. É a estratégia do Lula desde o
mensalão, de tentar nivelar por baixo, dizer que são todos iguais. Como
eles têm problemas éticos gravíssimos, para ganhar a eleição vale tudo -
disse o tucano.Aliados petistas serão consultados
O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), e outros petistas vão
conversar com partidos aliados para saber se há disposição deles em
relação à CPI. Caso a maioria concorde, na próxima terça-feira o partido
começará a colher as assinaturas necessárias: 27 no Senado e 171 na
Câmara.A decisão tomada na reunião de ontem difere do ambiente da semana
passada, quando o PT estava mais cauteloso em relação a uma
investigação parlamentar.
Ao justificar a mudança, Wellington disse que há uma sequência de
denúncias e a possibilidade de que o esquema tenha se desenvolvido em
outros estados:- Não queremos que a CPI seja vista como uma disputa
entre PT e PSDB. A ampliação do volume de citações, uma vez que não se
limita a São Paulo, abre a possibilidade de que o esquema tenha se
ampliado a outros estados e faz crescer a possibilidade de coleta de
assinatura.
Além disso, a CPI se justifica porque há dinheiro federal envolvido -
afirmou.PT não quer CPI da petrobrasWellington disse não ver motivos
para a criação de uma outra CPI, que investigue as denúncias, publicadas
pela revista "Época", sobre um esquema de propina montado na estatal,
que canalizaria recursos para o PMDB e teria ajudado a campanha de Dilma
Rousseff à Presidência em 2010.- O próprio suposto delator veio a
público negar que tenha dado a entrevista. Ou tem um denunciante ou não
tem denúncia - disse, referindo-se ao engenheiro João Augusto Henriques,
que delatou o esquema à revista e depois voltou atrás.
A "Época" divulgou os áudios da entrevista.O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu para hoje uma resposta sobre a
possibilidade de instalar uma CPI sobre a Petrobras. O autor do
requerimento, Leonardo Quintão (PMDB-MG), voltou a dizer que mantém sua
proposta e que as denúncias publicadas pela "Época" só reforçam a essa
necessidade.
Blog do Marcos Alfredo
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