sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Galo de Campina

Cássio parte para cima do PT na Guerra aberta de CPIs


A proposta bancada do PT no Senado pela instalação de uma CPI Mista para investigar denúncias de que a Siemens e outras empresas formaram um cartel para vencer concorrências em São Paulo de fornecimento e manutenção de trens no metrô e na CPTM, nos governos tucanos, provocou nesta terça-feira dura reação do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).- Eles agem de forma articulada. Foi o anúncio da candidatura do Padilha em um dia e, no outro, essa história de CPI.

É uma retaliação política da mais baixa e deplorável. Eles usam a maioria que têm para intimidar a oposição. É a estratégia do Lula desde o mensalão, de tentar nivelar por baixo, dizer que são todos iguais. Como eles têm problemas éticos gravíssimos, para ganhar a eleição vale tudo - disse o tucano.Aliados petistas serão consultados

Cássio parte para cima do PT na Guerra aberta de CPIsO líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), e outros petistas vão conversar com partidos aliados para saber se há disposição deles em relação à CPI. Caso a maioria concorde, na próxima terça-feira o partido começará a colher as assinaturas necessárias: 27 no Senado e 171 na Câmara.A decisão tomada na reunião de ontem difere do ambiente da semana passada, quando o PT estava mais cauteloso em relação a uma investigação parlamentar.

Ao justificar a mudança, Wellington disse que há uma sequência de denúncias e a possibilidade de que o esquema tenha se desenvolvido em outros estados:- Não queremos que a CPI seja vista como uma disputa entre PT e PSDB. A ampliação do volume de citações, uma vez que não se limita a São Paulo, abre a possibilidade de que o esquema tenha se ampliado a outros estados e faz crescer a possibilidade de coleta de assinatura.

Além disso, a CPI se justifica porque há dinheiro federal envolvido - afirmou.PT não quer CPI da petrobrasWellington disse não ver motivos para a criação de uma outra CPI, que investigue as denúncias, publicadas pela revista "Época", sobre um esquema de propina montado na estatal, que canalizaria recursos para o PMDB e teria ajudado a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010.- O próprio suposto delator veio a público negar que tenha dado a entrevista. Ou tem um denunciante ou não tem denúncia - disse, referindo-se ao engenheiro João Augusto Henriques, que delatou o esquema à revista e depois voltou atrás.

A "Época" divulgou os áudios da entrevista.O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu para hoje uma resposta sobre a possibilidade de instalar uma CPI sobre a Petrobras. O autor do requerimento, Leonardo Quintão (PMDB-MG), voltou a dizer que mantém sua proposta e que as denúncias publicadas pela "Época" só reforçam a essa necessidade.

Blog do Marcos Alfredo

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