Além dos problemas de saúde com os quais convive desde que recebeu uma facada, Bolsonaro é submettdo a procedimento de remoção de lesões na pele

A saída de Bolsonaro para realização de procedimentos médicos foi solicitada por seus advogados. O relatório apresentado pela defesa sinalizava que o ex-presidente deveria ser submetido a um procedimento de remoção de lesões na pele. Não havia necessidade de internação.
O procedimento foi realizado no Hospital DF Star neste domingo, 14 de setembro, em regime ambulatorial e com alta no mesmo dia.
O documento apresentado pelos médicos descreve a existência de um "nevo melanocítico", uma pinta na pele normalmente benigna, e uma "neoplasia de comportamento incerto", lesão sem natureza definida e que precisava de remoção para análise.
Da mesma forma, o ministro afirmou que, conforme decidido em 30 de agosto, os carros usados por Bolsonaro deverão passar por vistoria antes de saírem da casa do réu.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em caráter preventivo, sem relação com o cumprimento de pena pela condenação pela trama golpista. O ministro Alexandre de Moraes entendeu que ele desrespeitou medidas cautelares impostas pelo tribunal, durante o curso do julgamento da ação penal pela tentativa de golpe.
O estado de saúde do ex-presidente é o fator principal analisado por seus advogados para pedir ao STF que a pena em regime fechado aplicada pela Primeira Turma do tribunal seja cumprida em prisão domiciliar. A ideia é evitar uma prisão no Complexo da Papuda, em Brasília, ou em uma sala da Polícia Federal.
Sua defesa pode solicitar que ele permaneça em domiciliar com os laudos médicos feitos até aqui ou solicitar um novo relatório.
Em agosto, ele obteve autorização para ir ao hospital fazer exames a fim de analisar um agravamento do quadro de refluxo e soluços constantes, problemas com os quais convive desde que recebeu uma facada na eleição presidencial de 2018.
Segundo boletim médico divulgado na ocasião, "os exames evidenciaram imagem residual de duas infecções pulmonares recentes possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração. A endoscopia mostrou persistência da esofagite e da gastrite, agora menos intensa, porém com a necessidade de tratamento medicamentoso contínuo".
Um interlocutor próximo ao ex-presidente diz acreditar que o Supremo não colocará Bolsonaro para cumprir sentença fora de casa porque haveria risco de morte, e isso politicamente seria ruim para todos.
Além disso, aliados relatam que seu quadro psicológico está abalado, ainda que não cheguem a classificar como depressão.
O caminho para pavimentar o pedido vem sendo traçado nas últimas semanas. O movimento começou quando Bolsonaro decidiu não ir ao STF acompanhar seu julgamento – seus advogados alegaram que a ausência se deu por motivos de saúde. Como as sessões eram muito longas, ele não aguentaria permanecer o tempo todo no tribunal, devido às crises de soluço e vômitos, segundo aliados.
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