Especialistas dizem que obesidade é a nova realidade de crianças brasileiras; segundo dados, o Brasil terá cerca de 11,3 milhões de crianças obesas até 2025
“Os dados são o reflexo da má alimentação das crianças, alinhadas ao sedentarismo atualmente. A alimentação dos pequenos está altamente industrializada, com um crescente consumo de doces, fast foods, congelados, bolachas, salgadinhos, embutidos, entalados e etc”, comenta Carla Jadão. A OMS apontou também que 47% dos brasileiros estão sedentários, e que esse problema pode levar cerca de 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até meados de 2030.
A recomendação dos especialistas é realizar, no mínimo, uma média de 60 minutos de atividade aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes e cerca de 150 e 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana para adultos. Para Carla Jadão, com o desenvolvimento da tecnologia, muitas crianças e jovens ficam mais tempo no computador, celular, tablet e televisão o que, consequentemente, as afastam de atividades que desenvolvam sua parte física. A especialista afirma que o núcleo familiar pode contribuir para reverter o quadro, por meio de boas práticas e apoio do médico-pediatra.
“O núcleo familiar tem papel essencial para os altos índices desses dados caírem. A família é um exemplo, em uma casa onde todos são sedentários e se alimentam errado, as crianças vão seguir os mesmos hábitos. Por isso, os pais devem começar a se alimentar de maneira saudável e fazer algum tipo de atividade física, dando exemplo para as crianças desde cedo. Quando o problema for identificado, o essencial é a família buscar apoio profissional do médico-pediatra, juntamente com o nutricionista”, completa.
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