segunda-feira, 22 de maio de 2023

Homem que matou agricultor em Juru-PB é condenado a 25 anos de prisão

Júri popular condena a 25 anos e 8 meses de reclusão o acusado de matar por encomenda o agricultor José Nildo Eufrásio da Rocha (Zé Nildo Ricarte) em Juru, na Paraíba

Francisco Cristiano Barbosa foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de José Nildo Eufrásio da Rocha (Zé Nildo Ricarte) - Foto: Reprodução/Internet

Na última quarta-feira, 17 de maio, o juiz titular da Vara única da Comarca de Água Branca-PB, Mathews Francisco Rodrigues de Souza do Amaral, condenou o réu Francisco Cristiano Barbosa a cumprir a pena de 25 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, por ter matado, com disparos de arma de fogo, o agricultor juruense José Nildo Eufrásio da Rocha, conhecido como Zé Nildo Ricarte, que à época tinha 53 anos de idade. O crime aconteceu em 2021 e causou revolta a população do município de Juru, no Sertão da Paraíba. 

De acordo com os autos do processo, no dia 18 de setembro de 2021, em via pública da cidade de Juru, Francisco Cristiano efetuou disparos de arma de fogo contra Zé Nildo Ricarte, causando a morte da vítima, que ainda chegou a ser socorrida para o hospital local mais não resistiu.  

Vídeos gravados por câmeras de segurança que mostram o momento exato da execução foram exibidos durante a sessão do julgamento, que foi acompanhado pelos familiares de Zé Nildo desde o início até a leitura da condenação feita pelo magistrado. Todos da família estavam vestidos de preto, clamando por justiça.

Segundo o promotor de justiça do Ministério Público da Paraíba, Elmar Thiago Pereira de Alencar, o crime foi cometido por motivo fútil, pois o acusado atirou contra Zé Nildo Ricarte em razão de uma desavença pretérita entre a vítima e um primo do homicida que seria o mandante do assassinato. O réu valeu-se ainda, na execução do homicídio, de meio cruel, pois efetuou vários disparos contra a referida vítima sem lhe dar nenhuma chance de defesa, destacou o representante ministerial.

Ainda de acordo com o promotor de justiça, que sustentou veementemente a acusação, o crime gerou grande comoção no município, razão pela qual se fazia necessário que o júri trouxesse a resposta que a sociedade de Juru esperava havia mais de um ano. Os jurados, por meio da decisão do Conselho de Sentença, demonstrarão que o tempo não gera impunidade e trarão um pouco de alívio à família de José Nildo e a toda a comunidade que clama por justiça”, ressaltou o Dr. Elmar Pereira na sustentação da denúncia. 

Durante o julgamento, o representante do Ministério Público foi auxiliado pelo advogado da cidade de Imaculada-PB, Renildo Feitosa Gomes. Já a defesa do réu, foi feita pelo advogado da cidade de Manaíra-PB, Evandro Silvino Cosme, que nada pode fazer no sentido de convencer os jurados a atenuarem a condenação do acusado, que era réu confesso da prática do homicídio.

Em votação secreta, o Conselho de Sentença reconheceu a responsabilidade criminal do acusado pelo homicídio qualificado mediante promessa de recompensa, por motivo fútil e emprego de meio cruel em relação a vítima.

Assim, atendendo à soberana decisão dos jurados, o juiz presidente do júri condenou Francisco Cristiano, que já cumpria pena há amais de um ano, não podendo recorrer em liberdade.

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