Durante a coletiva de imprensa semanal da Organização Mundial de Saúde (OMS) da última quarta-feira (12/01), o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou atenção para a velocidade com que a variante Ômicron está se espalhando pelo mundo.
Na última semana foram registrados mais de 15 milhões de novos casos de Covid-19. Adhanom destacou que este é “de longe o maior número de casos relatados em uma única semana, e sabemos que isso é subestimado”.
O aumento de infecções foi impulsionada pela Ômicron, segundo a organização. A variante descoberta em novembro de 2021 rapidamente se espalhou e conseguiu substituir a Delta, responsável pela quarta onda da pandemia em muitos países.
O número de óbitos semanais, por outro lado, se mantém estável desde outubro de 2021, com média de 48 mil mortes por semana.
Na avaliação de Adhanom, este cenário reflete a combinação de fatores que incluem a menor letalidade da cepa e a imunidade adquirida após as vacinas ou devido a infecções anteriores.
No entanto, isso não seria motivo para comemorações precipitadas. “Sejamos claros: embora a Ômicron cause doenças menos graves que a Delta, ele continua sendo um vírus perigoso, principalmente para aqueles que não foram vacinados”, afirmou o chefe da OMS.
“Quase 50 mil mortes por semana são 50 mil mortes. Aprender a conviver com esse vírus não significa que podemos, ou devemos, aceitar esse número de mortes”, ressaltou.
Metrópoles
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