MENOPAUSA PRECOCE: Saiba por que a capacidade de produzir hormônios diminui e como identificá-la
Como diagnosticar
Não é possível prever o acontecimento da menopausa precoce pelos ciclos menstruais. O médico costuma suspeitar da condição em mulheres com menos de 40 anos que, além de apresentarem os sintomas acima, também não conseguem engravidar. Dessa forma, alguns exames são realizados:
Com o exame de gravidez sendo feito, e as concentrações de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante medidas semanalmente, é possível confirmar o diagnóstico de menopausa precoce. Outros exames também podem ser realizados para ajudar o especialista a identificar a causa da menopausa precoce. Assim, pode-se avaliar os riscos para a saúde da mulher, indicando o tratamento adequado para a menopausa precoce. Um exame de sangue deve ser feito para detectar o hormônio antimulleriano, produzido nos ovários, para avaliar o grau de funcionamento dos ovários e calcular a chance da mulher conseguir engravidar.
Em mulheres com menos de 35 anos, uma análise cromossômica pode ser realizada. Outros procedimentos e tratamentos também podem ser necessários caso uma anomalia cromossômica seja detectada. Além disso, pode-se medir a densidade óssea para verificar quanto à presença de osteoporose.
Causas
As causas são variadas. A genética é um fator de risco. Outros aspectos que podem causar o problema são a Síndrome de Turner, condição que ocorre quando o par de cromossomo X é incompleto, e doenças autoimunes que interrompem o processo de produção hormonal. Tabagismo e consumo de drogas são fatores de risco para a menopausa precoce. Também já é provado que mulheres que se submeteram a tratamentos quimio ou radioterápicos podem ter menopausa precoce. Tabagismo e consumo de drogas também são fatores de risco, já que as substâncias interferem no funcionamento do ovário.
Sintomas da menopausa precoce
Grande parte das mulheres que desenvolvem menopausa precocemente apresentam uma evolução sexual e reprodutiva normal durante a vida, com a menarca no período esperado, assim como os ciclos menstruais mais ou menos regulares.
Não se pode detectar precocemente quais mulheres estão sob maiores chances de ter a falência ovariana precoce por meio da avaliação do padrão menstrual. É somente quando os ovários começam a apresentar sinais de falha que os primeiros sintomas da menopausa precoce começam a aparecer.
Isto é, os sintomas da menopausa precoce são semelhantes aos da menopausa normal. A diferença é que eles começam a surgir antes do momento previsto. Por apresentar risco para a infertilidade, apenas 5 a 10% das mulheres que começam a entrar na menopausa precocemente conseguem engravidar antes da total falência dos ovários. Entre os sintomas estão:
Os calores são causados pela diminuição da produção de estrogênio, provocando desregulação do termostato normal do corpo. Os fogachos começam no período pré-menopausa e podem durar até dois anos após a menopausa.
Durante o climatério, o fogacho costuma desaparecer. Entretanto, cerca de 10% das mulheres permanecem sentindo este sintoma por muito tempo. O sintoma geralmente começa como a súbita sensação de calor centralizado na parte superior do tórax e rosto, e que rapidamente se torna generalizada.
A sensação de calor pode durar de dois a quatro minutos, e é frequentemente associada a transpiração em excesso e, ocasionalmente, palpitações. Também podem ocorrer calafrios, tremores e o sentimento de ansiedade. A frequência dos fogachos varia muito. Desde um ou dois episódios por dia até dezenas deles ao longo das 24 horas. Contudo, as ondas de calor são particularmente comuns à noite.
A dificuldade para dormir pode aparecer até 7 anos antes da menopausa precoce, e costuma se agravar no último ano que precede a menopausa. As mulheres que apresentam maior dificuldade para dormir são, em geral, as que sofrem com ansiedade e depressão.
Conforme a menopausa precoce se aproxima, as mudanças menstruais se tornam mais óbvias. O ciclo menstrual passa a ser irregular e mais longo, durando entre 40 a 50 dias. O volume menstrual pode alterar para mais ou menos, e escapes podem ocorrer no meio do ciclo.
Assim, a menstruação se torna cada vez mais irregular, até desaparecer. A mulher no período pré-menopausa não sabe quando será sua última menstruação. Por isso, o diagnóstico da menopausa precoce só pode ser estabelecido de forma retrospectiva.
A redução dos níveis de estrogênio, associada aos sintomas incômodos da menopausa precoce e ao fato da mulher entender que está entre a juventude e a velhice, colaboram para uma aumentar a incidência da doença. No entanto, após o primeiro ano de climatério, o risco de depressão começa a cair.
Durante um único dia, a mulher pode experimentar diferentes sentimentos como euforia, raiva e tristeza, sem motivo aparente para tal. Da mesma forma que os sintomas físicos da menopausa precoce são importantes, os sintomas emocionais também costumam ser.
Mulheres obesas ou com sobrepeso são as mais afetadas por esse problema. Diferente de vários sintomas da menopausa precoce que desaparecem no climatério, as dores nas articulações costumam permanecer.
Mesmo aquelas mulheres que nunca tiveram dor de cabeça relacionada à menstruação podem passar a desenvolver o sintoma. A enxaqueca começa até 7 anos antes da menopausa e se intensifica de acordo com o ciclo menstrual, ficando cada vez mais irregular.
Entretanto, conforme a menopausa precoce se aproxima, os níveis de estrogênios caem e os de androgênios sobem. Esse aumento dos hormônios pode provocar o aparecimento de pelos no rosto da mulher, principalmente no queixo, região acima dos lábios, nas bochechas, peito e no abdômen.
A redução do estrogênio altera a forma com que o corpo digere as gorduras da alimentação. Isso causa o aumento na produção de gases, responsáveis pela sensação de barriga inchada.
Tratamento
A menopausa precoce não é reversível. A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) costuma ser usada pelos médicos para minimizar aqueles sintomas que interferem na qualidade de vida da mulher. No entanto, esse tipo de tratamento deve ser muito bem avaliado, pois há contraindicações para mulheres que possuem antecedentes ou riscos elevados de doenças como tromboembolia, câncer de mama e câncer de endométrio. A avaliação do médico é o mais importante antes de começar qualquer tipo de tratamento.
Polêmica Paraíba - Publicado por: Fabricia Oliveira
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