quarta-feira, 3 de março de 2021

Despesas fúnebres!

Morrer no Brasil custa 39 dias de trabalho, diz estudo da Associação Brasileira de Empresa Funerárias 

Morrer no Brasil custa em média 39 dias de trabalho. Isso equivale a R$ 2,5 mil de remuneração gasta nas despesas de um funeral. Pode ser menos, como no Distrito Federal, onde o custo da morte é de 19 dias, ou muito mais. No Maranhão, um trabalhador gastará 64 dias de seus rendimentos para honrar as despesas fúnebres. Os dados são de um estudo promovido pela Associação Brasileira de Empresas Funerárias e Administradoras de Planos Funerários (Abredif). Ele se baseia na renda média dos estados, segundo dados da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O impacto desses gastos – aliados à dor pela perda de um ente querido – atinge tanto a saúde financeira do núcleo familiar quanto o desempenho profissional do trabalhador, já que o endividamento provoca intenso estresse, que pode se refletir até mesmo nas rotinas da empresa em que ele exerce atividades.

Mais produtividade

O trabalhador se beneficia diretamente desse serviço e a empresa também obtém vantagens. Menos pressionada pelo temor de dívidas com tratamentos de saúde e despesas inesperadas, a equipe responde com ganhos de produtividade.

“Há vários estudos que mostram que funcionários endividados faltam mais e rendem menos”, alerta Kuminek. Entre os mais recentes,  o relatório britânico Employers Guide to Financial Wellbeing 2019-2020 aponta que o trabalhador com dívidas rende até 15% menos que os demais. Essa projeção tem que ser considerada no planejamento estratégico das empresas empregadoras, já que pelo menos 84% dos trabalhadores enfrentam algum problema financeiro, segundo dados da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Endividamento reduz qualidade

O velho ditado de que tempo é dinheiro ilustra como o endividamento de um colaborador pode impactar no rendimento das organizações. O levantamento realizado pela consultoria Blue Numbers junto a 60 companhias brasileiras concluiu que um profissional com problemas financeiros pode perder até uma hora por dia resolvendo pendências com bancos e demais instituições.

Além do tempo desperdiçado, a qualidade das atividades também é afetada já que são comuns as ligações de cobrança em horário de trabalho. O estresse acaba sendo incorporado à rotina e pode resultar em menor atenção, noites mal dormidas e doenças correlatas, como pressão alta, condições cardiovasculares, depressão e ansiedade.

Não é incomum que esse cenário se desdobre em problemas com absenteísmo, enfraquecimento do clima organizacional e gere, até mesmo, gastos com demissões e recontratações.

Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: METROPOLES - Publicado por: Rebeka Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário