OPERAÇÃO ESTIRPE: Polícia Federal e Gaeco cumprem mandados contra desvio de dinheiro na prefeitura de Alhandra, no Litoral Sul paraibano
A
Polícia Civil, com auxílio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, deflagraram
operação para desarticular um suposto esquema de corrupção na prefeitura
de Alhandra, no Litoral Sul. Segundo as investigações, parentes ligados
à gestão abriam empresas para ganhar as contratos com a prefeitura em
diversas áreas e posteriormente eram contratadas e os recursos
desviados.
Em
alguns casos, as investigações apontam que os serviços nem foram
prestados. A apuração indica a existência de suposta organização
criminosa envolvendo diretamente 15 alvos: 9 pessoas e 6 empresas. As
investigações apontam fraudes em contratos de compras superfaturadas de
plantas ornamentais, materiais para carteiras escolares e também
funcionários fantasmas na prefeituras.
A
polícia estima que os desvios cheguem a R$ 2,5 milhões. A investigação é
comandada pelo delegado Allan Murilo Terruel, da Delegacia
Especializada no Combate à Corrupção. A operação conta com a
participação, também, da Policia Militar, Secretaria da Fazenda,
Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria-Geral da União (CGE).
O
prefeito de Alhandra, Renato Mendes (DEM), já foi alvo de outras
operações policiais no passado. Em março deste ano, uma operação já
tinha batido em Alhandra para investigar o suposto desvio de quase R$
500 mil que seriam utilizados em reformas de carteiras escolares de
escolas e creches.
Em 2018, Renato Mendes foi condenado pelo TCE a
devolver mais de R$ 350 mil por irregularidades em obras. Em 2017, ele
também chegou a ser afastado, mas voltou ao cargo logo depois. Mendes
foi condenado por ato de improbidade administrativa com sentença
transitada em julgado por não ter efetuado, no exercício de dois
mandatos – de 2005 a 2012.
Polêmica Paraíba - Publicado por: Larissa Freitas
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