Brasil já soma ao menos 9 prefeitos mortos pelo novo coronavírus
O mais recente óbito de um prefeito ocorreu neste domingo (26), em Alta Taquari (MT), distante 509 quilômetros da capital, Cuiabá
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RIBEIRÃO PRETO, SP
(FOLHAPRESS) - Hernandes da Areia (DEM), 54, vice que assumiu a
prefeitura de Araguanã (TO) após a renúncia do titular em 2017, morreu
vítima da Covid-19 após 30 dias de internação. O presidente da Câmara,
que tinha assumido interinamente, morreu enquanto Hernandes estava
internado. Coube à vice do legislativo ficar no cargo, efetivada no
último dia 11, com a morte do governante.
A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de
todas as cidades do país nos últimos quatro meses, mas em Araguanã,
distante 458 km de Palmas, gerou um efeito cascata que colocou a
vereadora Irene Duarte (PSD), em seu primeiro mandato, no cargo de
prefeita.
A cidade é uma das que perderam seus prefeitos mortos
vítimas da Covid-19. São ao menos 9 municípios brasileiros nessa
situação, espalhados em 8 estados. O imbróglio em Araguanã começou em 10
de junho, quando o prefeito passou mal e foi internado em Araguaína.
Então presidente da Câmara, Cícero Araújo (PDT), assumiu o cargo
interinamente, até passar mal e morrer de infarto no dia 26 num
restaurante em Araguaína.
Com Hernandes da Areia ainda internado, a
vice-presidente da Câmara, Irene Duarte, assumiu no dia 29 a
prefeitura, e, de forma definitiva, a partir do dia 11.
O mais
recente óbito de um prefeito ocorreu neste domingo (26), em Alta Taquari
(MT), distante 509 quilômetros da capital, Cuiabá. Fabio Mauri Garbugio
(PDT), estava internado num hospital de Goiânia e tinha sido
diagnosticado com a Covid-19 na última quinta-feira (23), segundo o
governo do estado.
"Eu e minha esposa Virginia lamentamos
muito o falecimento do prefeito de Alto Taquari e prestamos nossas
condolências à família, rezando para que Deus dê forças aos amigos e
familiares neste momento difícil", disse o governador Mauro Mendes
(DEM).
Além desses dois óbitos, outros quatro prefeitos morreram
vítimas da pandemia do novo coronavírus em julho, no Rio Grande do Sul,
Alagoas, Paraíba e Espírito Santo.
Em Viamão (RS), Valdir Jorge
Elias (MDB), o Russinho, 66, morreu quarta-feira (22), após sete dias
internado no hospital da cidade para tratar complicações da Covid-19.
Ele,
que era hipertenso e idoso, tinha sido internado com febre e problemas
respiratórios e teve quadro estável nos primeiros dias, mas apresentou
piora nas últimas 48 horas e morreu às 10h20 de quarta-feira.
No mesmo
dia, Paulo Márcio Leite Ribeiro (PSB), 50, prefeito de Água Doce do
Norte (ES), morreu num hospital de Colatina depois de 15 dias do
diagnóstico do novo coronavírus.
No dia 16, foi o então prefeito
de Ingá (PB), Manoel Batista Chaves Filho (PSD), 64, que morreu depois
de 11 dias internado em Campina Grande. Ele teve sintomas no dia 5 e, no
mesmo dia, já foi colocado num leito de UTI (Unidade de Terapia
Intensiva).
"É muito triste termos que nos despedir dessa forma
tão brusca por conta desse inimigo invisível", afirmou por meio de nota o
presidente da Famup (Federação das Associações de Municípios da
Paraíba), George Coelho.
Em Santana do Ipanema (AL), a morte do
prefeito Isnaldo Bulhões, 78, fez com que sua filha Christiane Bulhões,
vice-prefeita, assumisse o cargo no último dia 8 e decretasse luto
oficial de sete dias no município.
Ele estava internado desde 21 de maio no Hospital do Coração, em Maceió.
SÃO PAULO
No
interior de São Paulo, dois prefeitos morreram no intervalo de uma
semana, em junho. A primeira morte foi no dia 20, quando o então prefeito
de Borebi, Antônio Carlos Vaca (PSDB), 73, morreu em Bauru, onde estava
internado desde 24 de maio com grave quadro de insuficiência
respiratória.
O
vice-prefeito, Pedro Miguel de Araújo, já tinha assumido o cargo de
forma interina durante a internação do titular, que estava em seu
terceiro mandato. Seis dias depois, foi a vez do prefeito de Santo
Antônio do Aracanguá, Rodrigo Aparecido Santana Rodrigues (DEM), 35,
morrer vítima do novo coronavírus, após 24 dias internado na UTI do
Hospital da Unimed, em Araçatuba.
Os primeiros sintomas que teve
foram dores no corpo, no fim de maio. Já no hospital, teve anemia,
precisou de transfusão de sangue e, com a deterioração do quadro de
saúde, teve de ser submetido a uma traqueostomia e a sessões de
hemodiálise.
O primeiro óbito de prefeito ocorreu em 27 de março,
em São José do Divino (PI). Antônio Nonato Lima Gomes, o Antônio Felicia
(PT), 57, tinha histórico de diabetes e foi também a primeira morte
confirmada por Covid-19 em seu estado.
INTERNAÇÃO
Além dos
prefeitos mortos, há outros governantes de cidades brasileiras que se
recuperaram ou estão com a doença atualmente, como Isael Domingues (PR),
53, de Pindamonhangaba, que na última sexta-feira (24) foi transferido
para a UTI do InCor (Instituto do Coração), na capital.
Segundo o
último boletim médico divulgado pela prefeitura, ele está sob tratamento
intensivo à base de medicamentos, suporte respiratório com máscara de
oxigenação e fisioterapia respiratória. Já o prefeito de Canarana (MT),
Fabio Faria, foi transferido para Goiânia no sábado (25). A
primeira-dama, Carol Spricigo Faria, disse numa rede social que a
transferência foi necessária devido à doença ter se manifestado de forma
mais intensa.
"Já está hospitalizado e sendo assistidos pelos médico de lá. Peço que rezemos e oremos pela sua melhora", disse ela.
Notícias ao Minuto
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