"Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína", diz Bolsonaro em live com jornalista
A utilização da cloroquina para o tratamento do coronavírus ainda não tem evidências científicas que apontem eficácia e vai na contramão de estudos recentes
© Getty
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará na manhã da quarta-feira (20) novo protocolo que permitirá a utilização da cloroquina em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará na manhã da quarta-feira (20) novo protocolo que permitirá a utilização da cloroquina em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus.
Em live com o jornalista Magno Martins nesta terça
(19), o presidente ressaltou que o documento não obrigará nenhum
paciente a ser medicado com a substância, mas dará a liberdade para que
ele faça uso do remédio caso julgue necessário.
"O que é a
democracia? Você não quer? Você não faz. Você não é obrigado a tomar
cloroquina", disse. "Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de
esquerda toma Tubaína", ironizou, referindo-se a uma marca de
refrigerante.
Bolsonaro agora em live com jornalista Magno Martins: "Quem for de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína".
O presidente ressaltou que se fosse o governador de Pernambuco, Paulo
Câmara, tomaria a substância. O político do PSB, que tem criticado a
postura de Bolsonaro diante da crise sanitária, anunciou na
segunda-feira (18) que foi diagnosticado com a doença.
"Eu acho
que quem falou que era veneno, não pode tomar [cloroquina]. Eu sou
cristão. O governador pode tomar a cloroquina. Pode ser que não precise.
Mas, no seu lugar, eu tomaria", afirmou.
Bolsonaro reconheceu
que, no futuro, podem concluir que a substância serviu apenas como uma
espécie de placebo no combate à doença. Ele, no entanto, observou que a
comunidade médica também pode chegar à descoberta de que ela foi útil na
cura de pacientes.
A utilização da cloroquina para o tratamento
do coronavírus ainda não tem evidências científicas que apontem eficácia
e vai na contramão de estudos recentes.Atualmente, o protocolo adotado
pela pasta prevê o uso do medicamento apenas por pacientes graves e
críticos.
A
divergência em torno do uso da cloroquina é apontada como o principal
motivo da saída do oncologista Nelson Teich do comando da Saúde, na
semana passada.
Na live desta terça, o presidente também voltou a
criticar os governos estaduais que não seguiram decreto assinado por ele
aumentando a lista de atividades essenciais durante a crise
sanitária.Segundo ele, os gestores estaduais não podem agir como
ditadores não cumprindo a iniciativa. E, caso não concordem com a
reabertura de salões de beleza e academias de ginástica, devem recorrer
ao Legislativo ou ao Judiciário para alterar a medida.
"Agora,
quando fala que não vai cumprir, está agindo como ditador", disse. "Eu
nunca provoquei governador. Tem um do Sudeste que está o tempo todo
provocando e falando abobrinha. É o tranca-rua. O estado dele está com
problemas", acrescentou, referindo-se ao governador de São Paulo, João
Doria (PSDB).
Eu confesso que não tenho condições de comentar:
"Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína"
Presidente do Brasil, no dia que morrem 1179 pessoas!
"Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína"
Presidente do Brasil, no dia que morrem 1179 pessoas!
O presidente disse ainda que a Saúde tem preparado
outro protocolo de saúde com orientações para uma retomada das partidas
de futebol no país. Ele ressaltou que a cúpula de clubes, como a do
Flamengo, tem solicitado um retorno sem a presença de público.
"Eles querem voltar a jogar futebol. Falei com a Saúde para ter um protocolo para abrir. Começa sem ninguém nas arquibancadas", afirmou.
Notícias ao Minuto
"Eles querem voltar a jogar futebol. Falei com a Saúde para ter um protocolo para abrir. Começa sem ninguém nas arquibancadas", afirmou.
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