MEDIDAS DRÁSTICAS: Presidente das Filipinas autoriza policiais a matar quem violar quarentena
Rodrigo
Duterte, presidente das Filipinas, disse ontem que autorizou policiais e
militares do país a disparar contra as pessoas que não respeitarem as
medidas impostas pelo governo para evitar a disseminação do coronavírus.
Durante
o discurso feito em transmissão ao vivo, Duterte ainda reforçou a
“seriedade” da pandemia que, até o momento, já deixou 2.311 casos
oficiais e 96 mortes no país.
“Está ficando cada vez pior. Por
isso, eu aviso vocês para a seriedade do problema e vocês devem ouvir.
Não hesitarei. As minhas ordens para a polícia e para os militares são
que, se houver problemas e se houver uma ocasião em que tenham de
ripostar e as suas vidas estejam em perigo, os matem a tiros. Você
entendeu? Mortos ao invés de causar problemas. Vou enterrar vocês”,
declarou o presidente.
A decisão do presidente se deu após
ocorrerem alguns confrontos em Manila, capital do país, devido a falta
de apoio dos governos locais em cumprir as medidas de combate à Covid-19. Os confrontos causaram muitas prisões e somente na cidade de
Quezon City cerca de 21 moradores foram presos por protestar sem
permissão.
“Lembre-se, você é esquerdista: você não é o governo.
Não saia causando problemas e tumultos, porque eu ordenarei que você
seja detido até que este surto de Covid termine”, disparou o político.
Apesar
da fala do presidente, ontem, o chefe da polícia nacional informou que a
corporação entendeu a fala de Duterte como uma demonstração de
seriedade e respeito a ordem pública, mas ninguém será baleado.
O
presidente causou polêmica e recebeu muitas críticas após um
pronunciamento televisionado na última segunda-feira (30). Na fala,
Duterte disse que os profissionais da saúde “têm sorte de morrerem pelo
país” ao abordar o trabalho deles em meio à pandemia.
“Há médicos,
enfermeiros e assistentes que morreram. Eles foram os que morreram
ajudando os outros. Eles têm tanta sorte. Eles morreram pelo país. Essa
deve ser a razão pela qual morremos. Seria uma honra morrer pelo seu
país, garanto isso a vocês”, declarou.
No domingo, a Associação
Médica das Filipinas divulgou que 12 médicos morreram em decorrência da Covid-19 no país. A associação havia divulgado anteriormente que
diversos profissionais estão em quarentena e denunciaram a falta de
equipamentos de proteção.
Fonte: UOL - Publicado por: Fabricia Oliveira
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