Kim Jong-un pode estar afastado por medo da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus
O
medo de contrair o coronavírus pode ter afastado o líder da Coreia do
Norte, Kim Jong-un, das cerimônias de Estado de um feriado importante em
meados deste mês, disse um ministro sul-coreano nesta terça-feira (28),
em meio à especulação sobre o paradeiro e a saúde de Kim.
Sob Kim
Jong-un, a Coreia do Norte expandiu seu arsenal de armas nucleares e
seus mísseis balísticos de longo alcance. Como ele não tem um sucessor
óbvio, qualquer mudança na liderança do país autoritário provocaria
temores de uma instabilidade que poderia impactar outras nações
asiáticas e os Estados Unidos.
A especulação a respeito da saúde
de Kim surgiu depois de sua ausência inédita das comemorações de 15 de
abril, aniversário de seu avô e fundador do país, Kim Il-sung.
Medidas rigorosas
O
ministro da Unificação da Coreia do Sul, Kim Yeon-chul, que
supervisiona o relacionamento com o vizinho do norte, disse ser
plausível que Kim tenha decidido não comparecer por causa do
coronavírus, dadas as medidas rigorosas que seu governo adotou para
evitar um surto.
“É verdade que ele nunca havia perdido a
comemoração do aniversário de Kim Il-sung desde que chegou ao poder, mas
muitos eventos de aniversário, incluindo celebrações e um banquete,
foram cancelados por temor do coronavírus” – Kim Yeon-chul, ministro da
Unificação da Coreia do Sul.
“Não acho que isso seja
particularmente incomum, dada a situação atual (do coronavírus)”,
afirmou o ministro, embora a Coreia do Norte tenha dito que não tem
nenhum caso confirmado de coronavírus.
Ausência recorrente
O
ministro sul-coreano observou que, desde meados de janeiro, também
houve ao menos duas instâncias em que Kim Jong Un ficou fora de
circulação durante quase 20 dias.
A última vez em que a mídia
oficial da nação sigilosa noticiou o paradeiro de seu líder foi quando
ele presidiu uma reunião em 11 de abril, mas tem havido reportagens
quase diárias noticiando suas cartas e mensagens diplomáticas.
Autoridades
sul-coreanas enfatizam que não detectaram nenhuma movimentação incomum
na Coreia do Norte e alertaram para as reportagens segundo as quais Kim
pode estar doente.
O ministro da Unificação descreveu reportagens
de que Kim passou por uma cirurgia cardíaca e que uma equipe médica
chinesa viajou à Coreia do Norte como “fake news”.
G1 - Publicado por: Fabricia Oliveira
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