Padre Julio Lancelotti oferece abrigo para moradores de rua de São Paulo infectados com coronavírus
Padre Julio Lancelloti durante ação com moradores em situação de rua - Foto: Reprodução/Instagram @julio.lancelloti |
Pessoas
em situação de rua são mais suscetíveis ao contágio do novo
coronavírus, pois elas não têm acesso a medidas básicas de proteção,
como lavar as mãos e usar álcool gel. Se são mais suscetíveis, podem
propagar a doença mais rápido, né?
Sabendo disso, o Padre Julio
Lancelotti ofereceu um espaço para abrigar moradores de rua de São Paulo
infectados pela Covid-19. A Casa de Oração do Povo de Rua pode receber
até 50 pessoas.
“Na rua não tem medidas de acesso de higiene como o
básico: lavar as mãos, usar álcool gel, ter medidas de higiene como
roupas limpas, locais limpos para dormir“, explica o pároco.
“Duas pessoas da Secretaria da Saúde estiveram lá, viram o espaço,
viram com alguma possibilidade de adequação e contam com essa
possibilidade caso seja necessário.”
Local tem capacidade para abrigar até 50 pessoas. Foto: Patrícia Figueiredo/G1
A Casa de Oração foi construída com dinheiro de um prêmio que Dom Paulo
Evaristo Arns recebeu do Japão, pela fundação Niwano, no valor de US$
190 mil, em 1994.
É
um reconhecimento “por sua colaboração inter-religiosa para promover o
desenvolvimento, conservar o meio ambiente e criar um mundo de paz com a
participação de cristãos, budistas, muçulmanos e judeus”.
População de rua em São Paulo
Dados da Secretaria Municipal de Assistência Social de 2019 mostram que
São Paulo tem uma população de rua de pelo menos 24 mil pessoas: 2.211
são idosos com 60 anos ou mais (população mais vulnerável ao
coronavírus); 81% desses idosos estão acolhidos em centros de
atendimento municipais.
Problemas em albergues e falta de comida
Até mesmo os sem-teto que estão em albergues públicos enfrentam problemas de saúde e de falta de estrutura.
“Os
que estão acolhidos, estão relatando questões muito fortes como a
tosse, por exemplo. Dizem que falta ventilação nos lugares. Além disso,
uma doença prevalente que pode ser agravante [nestes lugares] é a
tuberculose. É comum, mesmo nos centros de acolhidas, tem muita tosse,
que acaba passando de uns para os outros.”
Além disso, essas
pessoas relatam que a distribuição de sopas e lanches tem diminuído, já
que os voluntários que realizam a entrega das refeições têm evitado
circular nas ruas por conta do medo do coronavírus.
Fonte: Razões para Acreditar - Publicafo por: Fabrícia Oliveira
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