Sobe para 27 número de casos suspeitos do novo coronavírus na Paraíba, diz Ministério da Saúde
O
Ministério da Saúde informou, neste domingo (15), que a Paraíba
investiga 27 casos suspeitos do novo coronavírus, o Covid-19. O estado
segue sem nenhuma confirmação da doença e 11 casos já foram descartados.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da
Saúde, os municípios que possuem casos suspeitos são João Pessoa,
Cabedelo, Cuité, Campina Grande e Bananeiras.
No país, o número de pessoas com suspeitos de coronavírus já chega a 191.
Após a atualização do Ministério da Saúde, o Governo do Estado não havia divulgado um novo boletim até às 18h55.
Governo da Paraíba
O
governador João Azevêdo (Cidadania) determinou, nesta sexta-feira (13),
a decretação de situação de emergência em saúde pública em virtude da
epidemia de coronavírus. A medida foi publicada no Diário Oficial do
Estado deste sábado (14), tem caráter preventivo e objetiva assegurar
estruturas necessárias para o enfrentamento de possíveis casos no
Estado.
Segundo o Governo do Estado,
Hospitais da rede pública da Capital estão prontos para acolher
possíveis casos de coronavírus. No Hospital Clementino Fraga, estão
disponíveis, no primeiro momento, 18 leitos convencionais e 10 leitos de
UTI; o Hospital Universitário Lauro Wanderley possui três leitos de
isolamento para crianças; e o Hospital Municipal Santa Isabel reservou
12 leitos convencionais e até 10 leitos de UTI.
Prefeitura de João Pessoa
O
prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo determinou, neste domingo
(15), por meio de decreto municipal, a suspensão de eventos culturais,
esportivos e religiosos que reúnam mais de 250 pessoas, evitando
aglomerações e também o cancelamento das férias dos profissionais da
saúde nos próximos 60 dias. Ele também determinou a disponibilização de
uma Central de Orientações por telefone formada por médicos de plantão.
O
secretário municipal de saúde avalia que, ao suspender eventos com
grandes aglomerações, a administração dá mais um passo no caminho da
prevenção e da contenção a Covid-19. Devem ser cancelados ou adiados
eventos de massa (governamentais, esportivos, artísticos, culturais,
políticos, científicos, comerciais e religiosos) com público superior a
250 pessoas em espaço aberto e superior a 100 pessoas em espaços
fechados.
Orientações
As
medidas gerais válidas a todos os estados brasileiros, segundo o
Ministério da Saúde, incluem o reforço da prevenção individual com a
etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço
descartável ao tossir e espirrar), o isolamento domiciliar ou hospitalar
de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação
para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde. As
unidades de saúde, públicas e privadas, deverão iniciar, a partir da
próxima semana, a triagem rápida para reduzir o tempo de espera no
atendimento e consequentemente a possibilidade de transmissão dentro das
unidades de saúde.
Os
vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da
prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies
tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas, corrimão,
são indispensáveis para a proteção contra o vírus. Até mesmo a forma de
cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos e
beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as
pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias,
incluindo o coronavírus.
Para os
serviços públicos e privados, é indicado que disponibilizem locais para
que os trabalhadores lavem as mãos com frequência, álcool em gel 70% e
toalhas de papel descartáveis. Há ainda a orientação sobre o uso de
máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O
Ministério da Saúde recomenda que a utilização de equipamento de
proteção seja feita apenas por pessoas doentes, casos confirmados da
doença, contatos domiciliares e profissionais de saúde. Para áreas com
transmissão local da doença, é recomendado que idosos e doentes crônicos
evitem contato social como idas ao cinema, shoppings, viagens e locais
com aglomeração de pessoas.
A vacina
contra a gripe também é recomendada e a Campanha Nacional de Vacinação
terá início no dia 23 de março, quando idosos e profissionais de saúde
terão prioridade para se vacinarem. A vacina contra a influenza garante
proteção para três tipos de vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B). Mesmo que a
vacina não apresente eficácia contra o coronavírus é uma forma de
prevenção para outros vírus, ajudando a reduzir a demanda de pacientes
com sintomas respiratórios e acelerarem o diagnóstico para o
coronavírus.
Polêmica Paraíba
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