O que são hidroxicloroquina, cloroquina e remdesivir remédios promissores contra o novo coronavírus
Hidroxicloroquina,
cloroquina e remdesivir. Esses são os medicamentos que, segundo estudos
científicos, podem ser eficazes no combate ao novo coronavírus.
A
hidroxicloroquina, também conhecida pelo nome comercial Reuquinol, é a
mais promissora. O remédio é usado para o tratamento da malária desde os
anos 1930, mas também já foi usado para combater doenças como artrite
reumatoide e lúpus.
O remédio chegou a ser substituído por outros
recentemente porque o protozoário parasita plasmodium falciparum,
causador da malária, tornou-se resistente à sua ação. A
hidroxicloroquina podia ser usada para prevenir ou combater a malária.
O
medicamento já se mostrara anteriormente eficaz contra a Sars, uma
doença respiratória aguda que surgiu na China em 2002 e pertence ao
grupo coronavírus, assim como o vírus causador da atual pandemia de
Covid-19.
Em um estudo publicado por cientistas chineses em 18 de
março na revista científica Nature, as drogas hidroxicloroquina e
remdesivir se mostraram capazes de inibir a infecção do SARS-CoV-2 (nome
do novo coronavírus) em simulação in vitro.
Outro estudo feito na
França, realizado pelo Instituto Mediterrâneo de Infecção de Marselha,
publicado no periódico científico International Journal of Antimicrobial
Agents, mostra que a hidroxicloroquina teve desempenho positivo. Em
alguns casos, foi usado também um antibiótico chamado azitromicina, que
combate infecções pulmonares causadas por bactérias.
Gregory
Rigano, orientador de pesquisa na Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, e coautor de um estudo sobre o uso de hidroxicloroquina em
humanos para combater o coronavírus. Em um experimento feito com dois
grupos, um que recebeu o medicamento e outro que não o recebeu, o
resultado da droga no combate ao novo coronavírus foi eficaz. O
antibiótico azitromicina foi usado em conjunto com a cloroquina, como no
estudo feito na França.
O estudo ainda está para ser publicado,
mas Rigano já concedeu uma entrevista a uma rádio americana falando
sobre o tema. “Esse será o estudo mais importante a ser lançado sobre o
tema. Ponto”, disse Rigano. O bilionário Elon Musk também publicou uma
mensagem no seu perfil no Twitter nesta semana afirmando que a droga
poderia ser eficaz contra o novo coronavírus. A FDA realiza testes com a
cloroquina para combater a Covid-19.
Apesar de promissora, a
droga ainda precisa de mais testes clínicos antes de ser distribuída
amplamente para a população de forma segura. Por isso, Donald Trump,
presidente dos Estados Unidos, pediu que a Federal Drug Administration,
análoga à Anvisa brasileira, seja ágil com o processo de testes e
aprovação do medicamento.
Por conta da falta de aprovações
clínicas do uso da hidroxicloroquina, a automedicação não é recomendada
por médicos e pesquisadores.
Outro medicamento que tem se mostrado
promissor contra o novo coronavírus é o remdesivir. Porém, por ser um
medicamento experimental, não se espera que ele esteja amplamente
disponível para o tratamento de um grande número de pessoas tão cedo
quanto a hidroxicloroquina. A farmacêutica americana Gilead detém a
patente do remdesivir.
Os
medicamentos anti-virais lopinavir e favipiravir chegaram a ser
considerados como drogas em potencial para tratar a Covid-19, mas um
estudo divulgado na noite de ontem mostrou que elas são ineficazes. Com
isso, os esforços dos cientistas de todo o mundo agora se voltam à
hidroxicloroquina.
Publicado por: Fabricia Oliveira - Publicado por: Fabricia Oliveira
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