quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Uso da tornozeleira eletrônica que incomoda

Advogados do ex-governador Ricardo Coutinho devem recorrer no tribunais de Brasília contra o uso da tornozeleira eletrônica


ricardo - Advogados do ex-governador devem recorrer no tribunais de Brasília contra o uso da tornozeleira eletrônica
O Blog Giro PB recebeu informação, durante o carnaval, que os advogados de Ricardo Coutinho estão avaliando a forma de recorrer aos tribunais superiores em Brasília da decisão do desembargador Ricardo Vital que, no último dia 21, impôs o uso da tornozeleira eletrônica para o ex-governador e mais sete pessoas, dentre as quais seu irmão Coriolano, seu advogado Francisco das Chagas Ferreira, a prefeita Márcia Lucena, o ex-procurador Gilberto Carneiro e a ex-secretária Cláudia Veras.
O ex-governador que já havia sido preso em 19 de dezembro, ao retornar de viagem à Turquia, foi solto dois dias depois, por obra de uma liminar do ministro Napoleão Nunes Maia (Superior Tribunal de Justiça).
Mas, em 20 de fevereiro, a 6ª Turma do STJ acompanhou voto da relatora, a ministra Laurita Vaz, e decidiu, não apenas manter a liminar de Napoleão, como estender a soltura a todos os demais integrantes da organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário. Porém, facultou ao desembargador a decretação de mais medidas cautelares.
Uma sinalização do recurso foi dada pelo deputado Gervásio Filho, presidente do PSB, que, após criticar a decisão do desembargador, chegou a registrar em sua página no Facebook: “Ainda bem que dessa nova medida também cabe recurso. Sempre há alguém mais acima para corrigir os erros cometidos na planície.” (em http://bit.ly/2T2BiSA)
Desembargador Ricardo Vital 
Em sua argumentação, o desembargador observou: “A medida se revela adequada também para asseguramento da ordem pública, levando em consideração a complexidade da organização criminosa sob investigação, evidenciada pelo número de integrantes e pela presença de diversos núcleos de atuação”.
E ainda: “Ademais, existe o risco de influências dos mais diversos níveis, situação que pode, eventualmente, obstaculizar, impedir, ou, de alguma forma, comprometer o sucesso e o caminhar das investigações ainda em curso e da própria fase judicial. Esta medida também se mostra suficiente e imprescindível a evitar, ou, ao menos, reduzir, a possível perpetuação das condutas típicas atribuídas aos investigados/denunciados.”
Medidas 
O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba deverá, por recomendação do desembargador, encaminhar, semanalmente e até as 12 horas de cada sexta-feira, relatório circunstanciado acerca da movimentação geográfica dos denunciados, com horário e registro específico de eventual aproximação com outros investigados/denunciados e/ou eventual ausência da Comarca onde informou residir.
Os investigados deverão comparecer, no prazo de 24h a contar da ciência da intimação da decisão, à Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, para as providências necessárias ao monitoramento pelo uso de tornozeleira eletrônica.
Medidas do Superior Tribunal de Justiça 
Outras medidas já haviam sido determinadas pela ministra Laurita Vaz (STJ), desde 20 de fevereiro, dentre as quais o comparecimento periódico em juízo, proibição de manter contato com os demais investigados da Operação Calvário, exceto seus familiares até o quarto grau, proibição de se ausentar da comarca domiciliar, sem prévia e expressa autorização do Juízo e afastamento da atividade de natureza econômica/financeira que exercia com o Estado da Paraíba e o Município de João Pessoa, que tenha relação com os fatos apurados no processo da Calvário.
Fonte: Giro PB - Créditos: Polêmica Paraíba - Publicado por: Adriany Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário