Tentativa de conseguir apoio de 257 deputados fracassa e pacote anticrime de Moro fica para depois
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Sérgio Moro - (Adriano Machado/Reuters) |
A estreia do
ex-juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça do governo Bolsonaro se deu
de fato e com grande gala quando ele despachou para o Congresso seu
pacote de medidas anticrime. Era a joia do seu período inicial como
homem público. Moro apostava todas as suas fichas na aprovação rápida do
pacote.
Qual o quê! A Câmara dos
Deputados já dispunha de outro pacote, esse de autoria de Alexandre de
Moraes, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo e atual ministro
do Supremo Tribunal Federal. O de Alexandre tinha mais chances de
prosperar. O de Moro começou a ser desidratado aos poucos.
Ontem, finalmente, o
líder da bancada da bala na Câmara, Capitão Augusto (PSL-SP), o
parlamentar mais alinhado com Moro, concluiu que fracassara a sua e a
tentativa do ministro de conseguir o apoio de 257 deputados para a
aprovação de um requerimento de urgência de votação do pacote.
“Vergonhoso”, declarou o capitão.
Ao que tudo indica o
pacote só será votado – se for – no próximo ano. Na Câmara, a maioria
dos deputados faz todas as vênias a Moro, mas não gosta dele. Acusa-o em
voz baixa de ter demonizado a política quando estava à frente da
Operação Lava Jato.
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