Presidente Jair Bolsonaro diz que o povo é que decidirá sobre fim de municípios com baixa sustentatbilidade financeira
Presidente comentou nesta quarta-feira a proposta de extinção de cidades com menos de 5 mil habitantes e com arrecadação própria menor que 10% da receita total, mas sem deixar claro como seria feita essa consulta
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Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a Solenidade de 300 dias de governo - Crédito da foto: Alan Santos/PR (5/11/2019) |
O governo quer acabar com os municípios com menos de 5 mil habitantes
e com arrecadação própria menor que 10% da receita total. A sugestão de
mudanças na legislação para viabilizar a fusão consta na PEC 188/2019,
sobre o novo pacto federativo, entregue simbolicamente por Bolsonaro ao
Congresso na terça-feira (5).
Bolsonaro afirmou que a proposta atinge municípios que estão no
“negativo”. “E a população vai ter de concordar. Ninguém vai impor nada
não”, disse.
O presidente tratou sobre a proposta com apoiadores em frente ao
Palácio da Alvorada. Bolsonaro não deixou claro de que forma seria feita
a consulta à população.
O presidente não quis conversar com a imprensa no período da manhã.
“Abusaram no passado. Tem município que vive graças a Fundo de
Participação de Município (FPM). Não tem renda, não tem nada”, disse
Bolsonaro. “Vou deixar bem claro, já que está gravando aí, o povo vai
decidir (sobre a fusão), tá ok?”, declarou.
A avaliação do governo é que foram criados muitos municípios sem
sustentabilidade financeira, mas que acabam mantendo uma máquina de
cargos e salários considerável, com prefeitura, secretarias e Câmara de
Vereadores.
A proposta deve enfrentar resistências no Congresso , sobretudo na
Câmara, onde deputados muitas vezes estimulam a criação de novos
municípios para dar poder a seu grupo político local e fazer um
contraponto a um prefeito que é de oposição.
Segundo a estimativa mais recente do IBGE, 1.254 municípios
brasileiros têm menos de 5 mil habitantes. Nem todos eles são de
imediato passíveis de fusão. Haverá um processo, regido por lei
ordinária a ser aprovada no Congresso, para estabelecer o passo a passo
da medida.
“As próximas eleições (de 2020) não será afetadas”, garantiu o assessor especial do Ministério da Economia Rafaelo Abritta.
OP9 - Por: Agência Estado
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