‘Risco Lula’ faz dólar disparar e bater nos R$ 4,15 após decisão do Supremo Tribnal Federal
Às 15h, moeda operava com alta de 1,5% nesta sexta-feira; bolsa contabilizava desvalorização de 1%
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Moeda americana caminha para o terceiro dia consecutivo de alta - (iStock/Getty Images) |
O dólar caminhava
para a terceira sessão consecutiva de alta contra o real nesta
sexta-feira, 8, em dia marcado pela desconfiança política após a decisão
do STF de derrubar a possibilidade de prisão depois de condenação em
segunda instância e com incertezas renovadas sobre um possível acordo
entre Estados Unidos e China. Às 15h, o dólar era negociado a 4,15 reais
para a venda, com alta de 1,5%. Se fechar nesse patamar, será a maior
cotação desde 17 de outubro, quando a moeda fechou negociada a 4,17
reais. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, operava em queda de 1%, aos 108,5 mil pontos.
O dia é marcado pela desconfiança no cenário doméstico, com os
investidores preocupados sobre o impacto dos mais recentes
desdobramentos políticos na economia. Na quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal
(STF) derrubou a possibilidade de iniciar a execução de pena de prisão
após condenação em segunda instância, na maior derrota que a corte impôs
à operação Lava Jato nos seus cinco anos e que deve levar à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Os ruídos políticos trazem uma certa cautela em semana marcada pelo
leilão decepcionante do pré-sal”, disse Pablo Spyer, diretor da Mirae
Assets. “Diminuiu o ímpeto otimista da queda do dólar.” A H. Commcor
informou em nota que “as reações no mercado tendem a ser negativas,
tanto pela sensação de insegurança jurídica como pelo chamado ‘risco
Lula’”.
No exterior, o otimismo comercial recente perdeu força após o
presidente americano, Donald Trump, dizer que não havia concordado em
reverter as tarifas sobre produtos chineses. “O dólar sobe com um
sentimento levemente negativo nos mercados internacionais. Houve um
pouco de cautela devido à verdadeira novela da guerra comercial.”
Veja (com Reuters)
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