Manifestantes contra o Supremo Tribunal Federal batem continência à ‘Estatua da Liberdade’ da Loja Havan
Uma
cena inusitada aconteceu neste domingo (17), em meio a manifestações
convocadas, por grupos bolsonaristas, para pedir pela prisão em 2ª
instância.
Com a música do Exército ao fundo, um grupo vestido de
verde e amarelo prestou continência à estátua da Havan, rede de lojas do
empresário Luciano Hang. A estátua tenta imitar a Estátua da Liberdade,
símbolo de Nova York. Os manifestantes parecem bem orgulhosos no gesto
patriota.
“Essa é pra você, Gilmar Mendes! Aqui tem dono, meu
amigo!”, diz o encarregado por conduzir o grupo na marcha
nacionalista. A cena aconteceu em Araçatuba, interior de São Paulo, e
repercutiu rapidamente nas redes sociais.
“Não tem como desver”, avisa um internauta, antes de notar, por outro ângulo, que a marcha ocorre em frente a Havan.
Pessoal,
para tudo. Vocês não vão acreditar. Quando a gente pensa que a coisa
não pode piorar, piora e muito. Um vídeo que acabei de receber, mostra
por outro ângulo. Sabe para quem eles estão marchando e prestando
continência? Para a estátua da liberdade da Havan.
Luciano Hang é
um dos empresários mais convictos do bolsonarismo no Brasil. Com seus
ternos verde-e-amarelo, possui o título de “Véio da Havan” e toma
grandes decisões para manter sua rede de lojas funcionando no País:
recentemente, anunciou a suspensão das propagandas da Havan na Rede
Globo após os ataques de Jair Bolsonaro à emissora, decorrentes da
reportagem que mencionava o presidente no caso Marielle.
“Não
compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede
Globo nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos
clientes”, diz a nota assinada pelo presidente da rede. Em 2018, Hang
faturou cerca de 7 bilhões de reais com a Havan – mesmo sendo um devedor
da Receita Social e do INSS.
A marcha imperialista faz todo o sentido agora.
Fonte: Carta Capital - Publicado por: Fabricia Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário