Ivan Burity e Eduardo Simões permanecem presos e são encaminhados a presídio em Mangabeira, após audiência de custódia
O
ex-secretário executivo do turismo do Governo da Paraíba, Ivan Burity, e
o diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape, Eduardo
Simões Coutinho, alvos de prisão preventiva na quinta fase da Operação
Calvário, passaram por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira
(09). Além de manter as prisões, a Justiça determinou que eles fossem
encaminhados para uma ala especial da Penitenciária de Segurança Média
Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira.
A
Justiça também determinou que está expressamente proibida a visita de
qualquer pessoa aos indiciados, salvo familiares de 1º e 2º graus (em
linha reta) e advogados. A medida visa evitar a ingerência da influência
política no processo judicial.
Segundo
a assessoria do Tribunal de Justiça da Paraíba, a defesa de Ivan Burity
requereu que seu cliente recebesse e fizesse uso de medicamento de uso
contínuo, para tratamento de hipertensão, o que foi acatado pela
Justiça.
Exoneração
Por
meio de carta enviada ao governador João Azevêdo, o ex-secretário Ivan
Burity pediu demissão do cargo para, segundo ele, se dedicar à defesa
junto à Justiça. No documento, ele não comenta as acusações do
Ministério Público.
Também por meio
de nota, o Governo do Estado informou que decidiu intervir nos hospitais
Metropolitano de Santa Rita e o Regional de Mamanguape e fastar todas
as pessoas responsáveis pela administração do Instituto de Psicologia
Clínica, Educacional e Profissional (Ipcep), organização Social citada
nesta nova etapa da Operação Calvário.
A operação
A
quinta fase da Operação Calvário foi deflagrada nesta quarta-feira
(09), tendo como objetivo combater desvios de recursos públicos
estaduais, corrupção e lavagem de dinheiro. A operação aconteceu
simultaneamente nas cidades de João Pessoa, Santa Rita e Mataraca, e
ainda nos estados de São Paulo, Alagoas, Paraná e Rio de Janeiro. Foram
cumpridos três mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. Na
Paraíba, a ação foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o
Crime Organizado (Gaeco) e a Comissão de Combate aos Crimes de
Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (Ccrimp), órgãos do
Ministério Público da Paraíba (MPPB), além da Controladoria-Geral da
União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal
(PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Conforme
o MPPB, a Operação Calvário, na Paraíba, tem o objetivo de investigar e
desarticular uma organização criminosa (Orcrim) que, por seus agentes e
núcleos de atuação, foi responsável pela prática de atos de corrupção,
lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos em contratos firmados
com unidades de saúde e educação do Estado e cujos valores ultrapassam o
montante de R$ 1 bilhão. Ainda segundo a apuração, essa organização
atuou também em outras unidades da federação, a exemplo do Estado do Rio
de Janeiro.
Fonte: Polêmica Paraíba - Publicado por: Felipe Nunes
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