‘A PIPA DO VOVÔ SOBE SIM’: nove dicas para mais vividos incrementarem sexo
Um fato: após os 65 anos, a vagina da mulher fica mais ressecada e o homem, em geral, relata dificuldade em manter a ereção. Esses, entretanto, não devem ser empecilhos para que o sexo não faça parte da rotina de qualquer pessoa – independentemente da idade.
“Tenho pacientes de 86 anos que mantêm relações sexuais contínuas”,
revela a médica Priscilla Mussi, coordenadora de Geriatria do Hospital
Santa Lúcia.
“Para algumas pessoas,
chegar à terceira idade pode ser uma condenação e, para outras, a
oportunidade de viver o que não foi vivido. Isso inclui a sexualidade.
Tendo hábitos saudáveis e com tudo em dia, é possível ter desejo sexual
até a velhice”, acrescenta a terapeuta sexual Thalita Cesário.
Exceto
para quem tem alguma restrição específica, transar é algo válido e
necessário para viver bem. Inclusive, não há nada que impeça ousadias,
como posições “diferentonas”.
O Metrópoles reuniu
conselhos de especialistas que podem elucidar questões frequentes, como
o ressecamento vaginal e os temidos (mas comuns) problemas de ereção.
1 – Vagina hidratada = tesão nas alturas
Para
o ressecamento vaginal, algo normal depois dos 65 anos, a geriatra
Priscilla Mussi aconselha o uso de géis de estrogênio, que ajudam a
regular os hormônios responsáveis pela lubrificação da vulva. Outra dica fundamental é não cuidar apenas do órgão sexual mas também do lado psicológico.
“Diferentemente
do homem, não temos nada que ‘toque’ nosso ovário e o estimule, como
acontece com quem toma Viagra. Recomendo que procurem um médico
especializado para indicar remédios de cunho psiquiátrico. Eles aumentam
a libido e o tesão”, emenda a especialista.
2 – Força, foco e fé: malhe a vulva!
A
regra vale em qualquer idade: não gaste seu tempo (apenas) com séries
de agachamento para deixar os glúteos durinhos. É fundamental focar
também a “musculação” vaginal.
“Ninguém
lembra de malhar o órgão sexual. Geralmente, só procura esse método
quem teve filho ou apresentou algum problema de saúde. Os exercícios
reforçam a musculatura e fazem a mulher gozar mais rápido”, explica
Priscilla.
Embora
essas práticas não sejam comuns no Brasil, se comparadas a países como
os Estados Unidos, a maioria dos planos de saúde aprovam o atendimento
se houver pedido médico. Os benefícios podem ser sentidos a partir de 20
dias de estímulos. Há quem, por fim, recorra aos tratamentos estéticos
vaginais. O preenchimento de ácido hialurônico é uma das alternativas
mais populares.
3 – De 69 a anal… Varie as posições, sem medo
Não
pense que só de papai e mamãe (ou vovô e vovó) é feita a rotina de um
casal maduro na cama. Não há nenhuma restrição médica para investir em
posições mais ousadas. “Dia desses, um paciente de 80 anos me disse que
transou no banheiro do shopping com o marido”, recorda Priscilla Mussi.
“Não há limitação. A pessoa, na verdade, é quem saberá até onde vai o próprio limite”, assegura Thalita Cesário.
4 – Previna-se contra infecções sexualmente transmissíveis
Priscilla Mussi alerta sobre o aumento de infecções sexualmente transmissíveis entre pessoas mais velhas.
No
ano passado, foi revelado um aumento de 103% nos casos de HIV em
idosos, segundo dados do Ministério da Saúde. “Muitos estão no segundo
ou terceiro casamento, conhecem alguém mais novo e acabam não se
prevenindo para agradar o parceiro”, comenta a médica.
5 – Recorrer a afamada pílula azul? Só com indicação
Comprimidos
“mágicos” como o Viagra precisam ser prescritos individualmente, mesmo
que não demandem receita em farmácias. Eles promovem a vasodilatação não
apenas do pênis mas de todos os órgãos.
“Quando
acontece a vasodilatação, caso haja alguma artéria entupida, o sangue
continuará sendo bombeado e isso pode causar um infarto”, alerta. Embora
não vicie, muita gente acaba se acostumando a transar apenas depois de
ingerir a pílula.
6 – Cuide da saúde como um todo
Hábitos
como fumar comprometem a chance do homem ter uma ereção. O ideal é ter
uma rotina saudável, fazer exercícios físicos e manter distância do
cigarro. “Não digo que reverte, mas diminui os efeitos da idade.
Cigarro, estresse e pornografia em excesso contribuem significativamente
para a disfunção erétil”, pondera Thalita.
7 – Incremente o menu com ingredientes afrodisíacos
Não
é lenda. Alimentos como pimenta, gengibre e ostras de fato aumentam o
“calor interno” e ajudam na hora do ato sexual. Como são termogênicos,
esses ingredientes podem dar uma incrementada no desejo. Coloque no menu
do dia!
8 – Carinho, parceria e diálogo nunca é demais
Não
adianta tomar todas as medidas acima se o relacionamento não está bom.
“O que mais aumenta a libido é receber uma massagem, conversar com
carinho, viver em uma casa com menos brigas”, diz Priscila. “Às vezes,
não é preciso Viagra. Basta uma taça de vinho e um bom papo”, encerra.
“Como
terapeuta e educadora sexual, defendo que o melhor estimulante é a
mente erótica e o bom relacionamento. Desejo sexual não pode se limitar a
um simples estimulante ou pílula”, emenda Thalita.
9 – Parta rumo ao desconhecido, mesmo com o companheiro de toda a vida
Caso
a relação tenha esfriado, retomem o namoro para já. “O mal do
relacionamento longo é a rotina e a falta de novidade. No início, nos
apaixonamos pelo desconhecido. E, quando temos intimidade demais, o novo
deixa de ser novo. Namorar como no início, transar com empolgação, ir a
lugares novos. Músicas, ambientes e lingeries diferentes também
ajudam…”, aconselha Thalita.
Fonte: Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário