Tem algum destes sintomas? Então está na hora de procurar um sexólogo o mais rápido possível
"A sexologia é uma ciência que estuda tudo o que está relacionado com a sexualidade humana", afirma especialista

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A medicina tradicional não
contempla muito o sexo. Os médicos, com pouco mais de dez minutos para
atenderem cada paciente, podem nos questionar se dormimos bem, se vamos
ao banheiro regularmente e qual é o tipo de alimentação que ingerimos,
mas quase ninguém se interessa pela vida sexual. Isso faz com que muitos
evitem procurar ajuda quando enfrentam algum tipo de problema na
intimidade.
De modo que, quando alguém tem um problema sexual, segundo
Iván Rotella, diretor do Astursex, centro de atenção sexológica em
Avilés e membro da Associação Estatal de Profissionais da Sexologia
(AEPS), em declarações ao jornal espanhol El País,
“as pessoas levam em média entre seis meses (se for uma mulher) a cinco
anos (se for um homem), no caso de terem um relacionamento, para
consultarem um profissional".
Iván Rotella continua: "Se
estão sozinhos, sem nenhuma relação, nesse caso eles vão antes delas. O
difícil, quando se tem a necessidade de um sexólogo, é pegar no
celular e marcar a consulta. Um dos fatores dessa mudança foi a crise
econômica, que fez com que as nossas consultas aumentassem em 20%. Os
sexólogos são mais baratos do que os advogados e o custo econômico de
uma separação pode ser muito elevado. Antes as pessoas separavam-se mais
rapidamente quando ocorriam problemas; agora, se as coisas não estão
muito más, tentam recuperar a relação”.
Essa vertente de consultor, de terapeuta de casais, é uma das muitas tarefas do sexólogo, mas não a única.
Francisca
Molero, sexóloga, ginecologista, diretora do Institut Clinic de
Sexologia de Barcelona, do Instituto Ibero-americano de Sexologia e
presidenta da Federação Espanhola de Sociedades de Sexologia, enumera
muitas mais: “Quando se fala na figura do
sexólogo, as pessoas costumam relacioná-la a um psicólogo; já que tendem
a pensar que a maioria dos problemas sexuais deriva do terreno mental,
mas isso não é de todo certo, já que também existem muitas disfunções sexuais”.
“O que acontece é que os dois campos estão extremamente ligados", continua. "Um
problema físico não resolvido pode acabar tornar-se num transtorno
psicológico e de casal e o contrário, como acontece muitas vezes com o
vaginismo, quando tem a sua origem em abusos e experiências sexuais
traumáticas. A sexologia é uma ciência que estuda tudo o que está
relacionado com a sexualidade humana. Os nossos pacientes podem ser
desde jovens que não estão completamente cientes da sua orientação
sexual e que procuram conselhos, problemas de falta de desejo (os mais
frequentes, tanto em homens como em mulheres), transtornos do orgasmo e
da ereção, vício ao sexo e assexualidade, vítimas de abusos e violência
doméstica, pedófilos e, ultimamente, crianças transexuais que trazem
seus pais em busca de ajuda para entender e lidar melhor com sua
realidade”.
"Quando se fala em
relacionamentos de longa duração, “o mais comum é o casal que caiu na
rotina e procura reavivar a paixão e o desejo”, diz Molero, “mas também existem relações fragilizadas que procuram um mediador".
"Alguém que os acompanhe no processo de ruptura para que este seja
menos doloroso. Existem também pessoas que, sem ter nenhum problema,
procuram melhorar a sua vida sexual; e os que, após uma longa doença
como o câncer, querem recuperar o seu lado erótico. Algo que em muitos
casos passa por reformular a ideia que tinham do que é uma relação
sexual”, sublinha.
LifeStyle ao Minuto
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