Presidente Jair Bolsonaro autoriza bloqueio de bens de investigados por terrorismo
O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas os parlamentares acrescentaram um trecho que obrigava o Executivo a validar o bloqueio de bens

© Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair
Bolsonaro sancionou projeto de lei, proposto pelo próprio Executivo, que
autoriza bloqueio de bens de investigados ou acusados por atos
terroristas, financiamento ou ações correlatas.
O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas os
parlamentares acrescentaram um trecho que obrigava o Executivo a validar
o bloqueio de bens. O presidente vetou o trecho argumentando que vai
contra a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A
redação do parágrafo único é contraditória ao disposto no caput do art.
6º ao impor atos de internalização e homologação como obstáculos à
executoriedade imediata de resoluções sancionatórias do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, o que subverte a ordem lógica da norma
[...]”, justificou o presidente, no veto.
O projeto tornou-se a
Lei nº 13.810, que dispõe sobre o cumprimento de sanções impostas por
resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Antes de chegar ao
Congresso, o texto foi elaborado por um grupo interministerial e órgãos
integrantes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de
Dinheiro (Enccla).
A
lei vem para reparar uma falha apontada pelo Grupo de Ação Financeira
contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi),
organização intergovernamental cujo propósito é desenvolver e promover
políticas nacionais e internacionais de combate à lavagem de dinheiro e
ao financiamento do terrorismo. Segundo o Gafi, o Brasil deveria
melhorar as leis com relação à celeridade no cumprimento de resoluções
do Conselho de Segurança da ONU relativas ao combate ao terrorismo,
financiamento ou atos correlatos.
Lei anterior, de 2015, já previa o bloqueio dos bens, porém dependia
de uma ordem judicial, o que foi criticado pelas Nações Unidas por
tornar a medida demorada. Com a nova lei, a anterior foi revogada.
Política ao Minuto com
informações da Agência Brasil
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