Adriana Ancelmo: Da origem de estudante pobre à esnobação ilimitada até a retumbante queda
A ex-primeira dama do Rio já foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e de pertinência á organização criminosa.
Adriana de Lourdes Ancelmo, moça de
origem humilde, foi estudante de escola pública, moradora de um velho prédio
em Copacabana e atendente em uma loja no Shopping Rio Sul, onde ganhava o
dinheiro que utilizava para pagar o seu curso superior.
Fez direito na PUC, onde, esperta,
conquistou uma grande amizade com o professor Régis Fichtner, que, mais
tarde, seria o elo de sua ligação com o então deputado estadual Sérgio
Cabral.
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O velho prédio onde a advogada e ex-primeira dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo foi criada |
Régis Fichtner, um gaúcho, amigo de
Cabral, viria a ser seu suplente de senador e depois até assumiria a
cadeira, quando Cabral elegeu-se governador.
Antes, porém, quando Cabral foi
presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Régis Fichtner
foi o procurador-geral da casa.
Adriana, amiga e aluna de Fichtner, foi então convidada para assessorá-lo na procuradoria da Alerj.
Não tardou para que ‘João Cabra’ e ‘Lourdinha’ se conhecessem. Ambos casados e depois, ambos separados.
Adriana foi casada com o advogado Sérgio Coelho, que foi seu sócio até 2014.
Sérgio Cabral foi casado com a advogada
Suzana Neves, com quem teve três filhos. Um deles é o deputado federal
Marco Antônio Cabral, eleito em 2014.
Adriana e Cabral se casaram em 2004, numa festa milionária para mil convidados. Na época, Cabral era senador.
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Escritório de advocacia da ex-primeira dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo |
Em 2011, Adriana, demonstrando sua índole, teve um sério embate
justamente com Régis Fichtner, então chefe da Casa Civil do governo
Cabral.
A primeira dama e o chefe da Casa Civil divergiram sobre a indicação de um
nome para uma vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Adriana indicou o seu ex-marido, Sérgio Coelho, e Fichtner, sustentou a indicação de seu cunhado, Marco Aurélio Bellizze.
Fichtner venceu a queda de braço.
O embate chegou a provocar a separação do então governador e a primeira dama.
E, de fato, chegaram a formalizar
judicialmente a separação. Depois reataram, mas Adriana virou inimiga de
seu mentor, Fichtner. O PMDB (hoje MDB) do Rio de Janeiro entrou em crise e a derrocada de
Sérgio Cabral tomou contornos avassaladores, até a sua renúncia e, posteriormente, sua desmoralizante prisão e as revelações das inúmeras
relações promíscuas do ex-governador e Adriana Ancelmo.
Finalmente, foi a vez de Adriana ser recepcionada no complexo de Gericinó.

Fonte: Jornal do País
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