Lula pede ao Supremo Tribunal Federal que ação do sítio em Atibaia saia de Curitiba
O pedido, sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, foi feito à Corte na manhã de quarta-feira, horas antes de ser publicada a condenação do ex-presidente

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Em pedido protocolado no
Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) solicitou que a ação relativa ao sítio em Atibaia
(SP) seja retirada da 13.ª Vara Federal de Curitiba, que condenou Lula
nesta quarta-feira, 6, a 12 anos e onze meses de reclusão, e enviada
para a Justiça Federal de Brasília. Com isso, os advogados do petista
pedem que todas as decisões tomadas pela 13.ª Vara na ação, sob comando
da juíza Gabriela Hardt, sejam anuladas.
O pedido, sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, foi feito à
Corte na manhã de quarta-feira, horas antes de ser publicada a
condenação do ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção
ativa, passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio.
A
solicitação ao STF foi feita pela defesa de Lula por meio de uma ação
antiga, na qual, desde o ano passado, os advogados tentam retirar o caso
da justiça no Paraná.
O ex-presidente já teve pedidos negados
neste processo pelo ministro Dias Toffoli, que era relator do caso antes
de Cármen. A ministra herdou os processos de relatoria de Toffoli ao
deixar a presidência do Supremo.
Para a defesa de Lula, o caso não
deveria ficar nas mãos da 13ª. Vara, já que a Segunda Turma do STF
decidiu em abril do ano passado retirar de Curitiba os termos de
colaboração que tinham menção a fatos investigados no processo do sítio.
Quando
rejeitou a liminar em maio do ano passado, Toffoli afirmou que a
decisão de retirar do então juiz federal de Curitiba, Sergio Moro, as
menções ao ex-presidente feitas por delatores da Odebrecht envolvendo o
sítio e o Instituto Lula - o que embasou a reclamação - não discutiu
sobre a competência da 13ª. Vara para conduzir as ações penais em curso
contra o petista.
Cármen é integrante da Segunda Turma do STF,
composta também por Celso de Mello, Edson Fachin, Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
No documento apresentado na quarta-feira, os
advogados pediram que a solicitação fosse analisada com urgência por
Cármen, já que a ação penal estava pronta para decisão da juíza de
Curitiba.
Política ao Minuto com informações do Estadão Conteúdo
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