Novo presidente do Senado é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal
O senador Davi Alcolumbre é acusado de crimes eleitorais, contra a fé pública e uso de documento falso na prestação de contas da campanha dele em 2014

© Geraldo Magela/Agência Senado
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que foi eleito presidente do Senado neste sábado (2), é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo um levantamento feito pela rádio “CBN”, o senador é
acusado de crimes eleitorais, contra a fé pública e uso de documento
falso. Um dos processos corre em segredo de Justiça, enquanto o outro,
que teve denúncia encaminhada pelo Ministério Público Federal do Amapá,
aponta supostas irregularidades cometidas pelo agora presidente do
Senado na campanha dele de 2014. Ele teria usado notas fiscais frias nas
prestações de contas.
Além
disso, ainda de acordo com o inquérito, Alcolumbre não apresentou
comprovantes bancários e teria contratado serviços com data posterior à
das eleições, entre outras suspeitas.
Os dois processos estão na fase de diligências que devem ser conduzidas pela Polícia Federal. Não há prazo para conclusão.
Fora
isso, a CBN destaca ainda que na prestação de contas de Davi Alcolumbre
na campanha de 2014 consta doação de R$ 138 mil recebida do grupo JBS. O
senador foi o responsável pela CPI do BNDES, que investigou
irregularidades na empresa dos irmãos Batista.
GASTOS NO SENADO
Davi
Alcolumbre teve gastos expressivos no Senado durante o período de 2015 e
2018. De acordo com a prestação de contas, o parlamentar gastou R$
1.746.000,00 da cota de gabinete. Dentro desse valor, R$ 761 mil foram
utilizados na divulgação da atividade parlamentar, enquanto os outros R$
459 mil foram usados para o pagamento de hospedagens, alimentação,
locação de veículos e combustíveis para ele.
A respeito dos
inquéritos, o chefe de gabinete de Davi Alcolumbre, Paulo Augusto de
Araújo Boudens, negou as acusações e disse que o parlamentar está
“tranquilo”. A CBN conta ainda que Boudens desligou o telefone ao ser
informado que a entrevista seria gravada.
Política ao Minuto
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