Ex-presidente Dilma Rouseff e conselho de administração da Petrobras são processados
A
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um processo contra 12
conselheiros de administração da Petrobras à época da compra da
refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006.
A autarquia
acusa os conselheiros, o que inclui a ex-presidente Dilma Rousseff, à
época ministra da Casa Civil, de não terem atuado no melhor interesse da
companhia ao aprovar a operação.
Além de Dilma, os acusados no
processo são Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda; José Sergio
Gabrielli, que era o presidente da petroleira; e os ex-diretores
Guilherme Estrella, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque,
Almir Barbassa e Ildo Sauer.
Completam a lista Claudio Haddad,
presidente do conselho do Insper, Fabio Barbosa, ex-presidente do
Santander e Gleuber Vieira, general da reserva.
O processo foi instalado pela CVM a partir de um inquérito aberto em 2014.
A compra da refinaria de Pasadena foi feita pela Petrobras a preço acima do valor de mercado.
O
TCU (Tribunal de Conta da União) também investigou a operação e em
outubro de 2017 avaliou que o conselho da estatal foi o responsável pela
aquisição.
A defesa de Dilma afirmou ao TCU que a ex-presidente
foi vítima de um “conluio fraudulento” entre a diretoria internacional
da Petrobras e executivos da Astra Oil, que foi quem vendeu a refinaria.
A argumentação é que o conselho teria sido induzido a erro. Em dezembro
de 2017, a força-tarefa da Lava Jato denunciou o ex-senador Delcídio do
Amaral e mais dez pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro em razão
da compra.
Os acusados pela CVM podem tentar fechar um acordo com a
autarquia, para encerrar o processo sem um julgamento. Se não fizerem
essa solicitação ou o acordo não for aceito, eles serão, após a
apresentação de defesas, julgados pelo colegiado da CVM.
Notícias ao Minuto
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