sábado, 31 de março de 2018

Prisão dos amigos de Temer

Amigos de Michel Temer são alvos de denúncia pela Procuradoria Geral da República


Os dois amigos do presidente Michel Temer presos na quinta-feira (29) pela Polícia Federal na Operação Skala, o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência, e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, foram denunciados à Justiça Federal no último dia 21 pela Procuradoria Geral da República.
Por meio de um aditamento, apresentado pelos procuradores à 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, eles foram incluídos na denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que acusa de formação de organização criminosa políticos do MDB. No mesmo aditamento, foram incluídas na denúncia outras três pessoas, cujos nomes a TV Globo buscava apurar até a última atualização desta reportagem. Se a denúncia for aceita pela Justiça, Yunes e Lima Filho se tornarão réus.
A informação sobre a inclusão de Yunes e Lima Filho na denúncia foi antecipada na edição deste sábado (31) do jornal “O Globo”.
Segundo os procuradores, o aditamento inclui “novos e robustos elementos probatórios” obtidos a partir de documentos coletados na Operação Patmos, da Polícia Federal, realizada em maio do ano passado.
Nessa operação, um dos alvos de busca e apreensão foi a empresa Rodrimar, onde a Polícia Federal fez novas buscas na quinta-feira, durante a Operação Skala, um desdobramento da Patmos, cujo objetivo foi coletar provas para o inquérito que investiga se, em troca de propina, o presidente Michel Temer editou um decreto a fim de favorecer empresas portuárias, em especial a Rodrimar. Temer nega. A empresa diz que nunca pagou propina a nenhum agente público. Na Operação Skala, Yunes e Lima Filho foram presos temporariamente (por cinco dias).
Os denunciados por Janot por formação de organização criminosa, no caso apelidado de “quadrilhão do MDB” são os o presidente Michel Temer; os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência); o ex-ministro Geddel Vieira Lima; os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Alves e Rodrigo Rocha Loures; o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e o executivo do J&F Ricardo Saud.
Nos casos de Temer, Padilha e Moreira Franco, que têm foro privilegiado devido à condição de presidente e ministros, o caso foi para o STF, mas o processo está suspenso porque a Câmara dos Deputados não deu autorização para tivesse continuidade. Os casos dos demais denunciados, que não têm foro, tramitam na primeira instância da Justiça Federal.
G1

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