Amigos de Michel Temer são alvos de denúncia pela Procuradoria Geral da República

Os
dois amigos do presidente Michel Temer presos na quinta-feira (29) pela
Polícia Federal na Operação Skala, o advogado José Yunes, ex-assessor
da Presidência, e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo
João Baptista Lima Filho, foram denunciados à Justiça Federal no último
dia 21 pela Procuradoria Geral da República.
Por
meio de um aditamento, apresentado pelos procuradores à 12ª Vara da
Justiça Federal, em Brasília, eles foram incluídos na denúncia do
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que acusa de formação de
organização criminosa políticos do MDB. No mesmo aditamento, foram
incluídas na denúncia outras três pessoas, cujos nomes a TV Globo
buscava apurar até a última atualização desta reportagem. Se a denúncia
for aceita pela Justiça, Yunes e Lima Filho se tornarão réus.
A informação sobre a inclusão de Yunes e Lima Filho na denúncia foi antecipada na edição deste sábado (31) do jornal “O Globo”.
Segundo
os procuradores, o aditamento inclui “novos e robustos elementos
probatórios” obtidos a partir de documentos coletados na Operação
Patmos, da Polícia Federal, realizada em maio do ano passado.
Nessa
operação, um dos alvos de busca e apreensão foi a empresa Rodrimar,
onde a Polícia Federal fez novas buscas na quinta-feira, durante a
Operação Skala, um desdobramento da Patmos, cujo objetivo foi coletar
provas para o inquérito que investiga se, em troca de propina, o
presidente Michel Temer editou um decreto a fim de favorecer empresas
portuárias, em especial a Rodrimar. Temer nega. A empresa diz que nunca
pagou propina a nenhum agente público. Na Operação Skala, Yunes e Lima
Filho foram presos temporariamente (por cinco dias).
Os denunciados
por Janot por formação de organização criminosa, no caso apelidado de
“quadrilhão do MDB” são os o presidente Michel Temer; os ministros
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da
Presidência); o ex-ministro Geddel Vieira Lima; os ex-deputados Eduardo
Cunha, Henrique Alves e Rodrigo Rocha Loures; o empresário Joesley
Batista, um dos donos do grupo J&F, e o executivo do J&F Ricardo
Saud.
Nos
casos de Temer, Padilha e Moreira Franco, que têm foro privilegiado
devido à condição de presidente e ministros, o caso foi para o STF, mas o
processo está suspenso porque a Câmara dos Deputados não deu
autorização para tivesse continuidade. Os casos dos demais denunciados,
que não têm foro, tramitam na primeira instância da Justiça Federal.
G1
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