“Querem destruir reputação de Temer”, diz Presidência da República em nota oficial

A
Presidência da República divulgou nota oficial na noite desta
sexta-feira (30) para rebater a acusação de que o presidente Michel
Temer teria agido para beneficiar amigos empresários na edição do
Decreto dos Portos, no ano passado, em investigação conduzida pela
Procuradoria Geral da República (PGR).
“Tal decreto nasceu após
criação de grupo de trabalho pelo Ministério dos Transportes que
realizou amplo e público debate, em reuniões que ocorreram entre
setembro de 2016 e maio de 2017”, diz a nota. Segundo o governo federal,
“autoridades tentam criar narrativas que gerem novas acusações” e o
decreto editado em 2017 não se aplica à empresa Rodrimar S/A, acusada de
ter sido beneficiada nas regras de licitação aprovadas para o setor de
portos.
“O fato é que a Rodrimar não se encaixa neste parágrafo,
neste artigo, no todo do decreto ou na sua interpretação, por mais ampla
que se queira, conforme despacho do Ministério dos Transportes:
‘Conclui-se que as disposições do decreto número 9048/17 não se aplicam
aos contratos da empresa Rodrimar S/A’. (…) Todas as áreas da Rodrimar
serão relicitadas”, diz a nota.
Sem apontar nomes, o Palácio do
Planalto afirmou que “tentam mais uma vez destruir a reputação do
presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos
direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam
ser usados em peças de acusação”.
Ainda de acordo com a nota
oficial da Presidência da República, a investigação em curso atropela
fatos e a verdade para retirar Michel Temer da vida pública e “impedi-lo
de continuar a prestar relevantes serviços ao país”. “Bastou a simples
menção a possível candidatura para que forças obscuras surgissem para
tecer novas tramas sobre velhos enredos maledicentes. No Brasil do
século XXI, alguns querem impedir candidatura. Busca-se impedir ao povo a
livre escolha”, acrescenta o governo.
Reunião
O
presidente Michel Temer passou parte da tarde de reunido com o advogado
Antônio Claudio Mariz de Oliveira, no Palácio do Alvorada, acompanhado
de alguns ministros e auxiliares mais próximos, como Moreira Franco
(Secretaria Geral), Gustavo do Vale Rocha (Direitos Humanos) e Márcio
Freitas (Secretaria de Comunicação Social). Depois que Mariz deixou o
Planalto, chegou ao local o ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), Sergio Westphalen Etchegoyen. O grupo permaneceu
reunido até por volta das 19h, quando foi divulgada a nota oficial.
Operação Skala
Ontem
(29), a Polícia Federal (PF) prendeu, em caráter temporário (por cinco
dias), o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República.
As medidas foram determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso,
relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal
(STF). Além de Yunes, foram presos durante a Operação Skala, da Polícia
Federal (PF), o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia
Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do
Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. Também foi preso, em São Paulo, o
coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente Temer
A
empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que
também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de
Janeiro. No mesmo dia, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos
Marun, disse que a prisão de pessoas ligadas ao presidente não
enfraquecem o governo e que o presidente “não tem a ver com isso”. O
inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio
da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado
por Temer em maio do ano passado.
Confira a íntegra da nota oficial da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República:
“O
decreto dos portos, sob o qual está amparada a investigação sobre
supostos benefícios à empresa Rodrimar, diz literalmente em seu Artigo
47-A, § 3º: “O disposto neste artigo não se aplica aos contratos
firmados antes da vigência da Lei 8.830, de 25 de fevereiro de 1993”.
A
mais rasa leitura do decreto teria enterrado, no ano passado, o pedido
de abertura de tal investigação pelo então procurador-geral da República
Rodrigo Janot. O fato é que a Rodrimar não se encaixa neste parágrafo,
neste artigo, no todo do decreto ou na sua interpretação, por mais ampla
que se queira, conforme despacho do Ministério dos Transportes:
“Conclui-se que as disposições do decreto número 9048/17 não se aplicam
aos contratos da empresa Rodrimar S/A”.
Tal decreto nasceu após
criação de grupo de trabalho pelo Ministério dos Transportes que
realizou amplo e público debate, em reuniões que ocorreram entre
setembro de 2016 e maio de 2017. Todas as áreas da Rodrimar serão
relicitadas.
Sem ter fatos reais a investigar, autoridades tentam
criar narrativas que gerem novas acusações. Buscam inquéritos arquivados
duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal, baseados em documentos
forjados e já renegados formalmente à justiça, e mais uma vez em
entrevista à revista Veja deste final de semana.
Tentam mais uma
vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos
totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter,
forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação.
Repetem o enredo de 2017, quando ofereceram os maiores benefícios aos
irmãos Batista para criar falsa acusação que envolvesse o presidente.
Não conseguiram e repetem a trama, que, no passado, pareceu tragédia,
agora soa a farsa.
O atropelo dos fatos e da verdade busca retirar
o presidente da vida pública, impedi-lo de continuar a prestar
relevantes serviços ao país, como ele fez ao superar a mais forte
recessão econômica da história brasileira. Bastou a simples menção a
possível candidatura para que forças obscuras surgissem para tecer novas
tramas sobre velhos enredos maledicentes. No Brasil do século XXI,
alguns querem impedir candidatura. Busca-se impedir ao povo a livre
escolha. Reinterpreta-se a Constituição, as leis e os decretos ao sabor
do momento. Vê-se crimes em atos de absoluto respeito às leis e total
obediência aos princípios democráticos.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário