Superior Tribunal de Justiça mantém o deputado Paulo Maluf preso na Penitenciária da Papuda

O
ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um
pedido de liminar (decisão provisória) feito pelo deputado Paulo Maluf
para que tivesse concedida a prisão domiciliar.
A defesa de Maluf
alegou questões humanitárias, devido à idade de Maluf, que tem 86 anos, e
a seu estado de saúde, com problemas de locomoção e cardíacos. Mussi,
porém, entendeu não haver urgência para justificar medida liminar,
podendo a questão ser analisada mais detidamente pela Quinta Turma do
STJ, um dos colegiados da Corte onde são julgados processos criminais.
Em
sua decisão, o ministro escreveu que “não se desconhece o grave estado
de saúde do paciente, mas também não se pode deixar de reconhecer, neste
momento, o adequado tratamento médico aparentemente disponibilizado
pelo estabelecimento prisional em que se encontra recolhido”.
Condenação
Maluf
está preso desde o fim do ano passado para cumprir pena de sete anos e
nove meses na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, pelo crime
de lavagem de dinheiro, após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
Maluf foi condenado por receber propina em contratos
públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS quando era prefeito de
São Paulo (1993-1996). Os recursos teriam sido desviados da construção
da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo
total da obra foi cerca de R$ 800 milhões.
As investigações se
arrastaram por mais de 10 anos desde a instauração do primeiro
inquérito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procuradores do
Ministério Público estimaram em US$ 170 milhões a movimentação total de
recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como
deputado federal.
Agência Brasil
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