sexta-feira, 9 de março de 2018

Ex-prefeita paraibana presa pode pedir delação ao Ministério Público

Gaeco diz que delação de Tatiana Correa será bem-vinda se informações forem úteis para investigação

Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco, afirmou que o pedido de delação premiada “poderia existir, dependendo logicamente do que fosse declinado”.

A hipótese de assinatura de um acordo de colaboração premiada está sendo ventilada em setores da imprensa e da política - (Foto: Walla Santos)

O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, Octávio Paulo Neto, revelou em entrevista ao ClickPB nesta sexta-feira (09), que precisa de informações relevantes para as investigações, caso haja busca por um acordo de delação premiada no caso da ex-prefeito de Conde, Tatiana Lundgren Correa de Oliveira. Octávio Paulo Neto afirmou que o pedido de delação premiada “poderia existir, dependendo logicamente do que fosse declinado”.
“Nós enquanto gestores do caso, temos que ouvi-la e aferir a utilidade disso pra Justiça. Se for útil pra Justiça, dentro dos critérios legais e formais, a gente tenta viabilizar o acordo”, esclareceu Octávio Paulo Neto. O interesse na colaboração premiada deve surgir da defesa da acusada, que forneceria informações para os investigadores.
A hipótese de assinatura de um acordo de colaboração premiada está sendo ventilada em setores da imprensa e da política. No entanto, Octávio Paulo Neto afirmou que ainda não foi procurado pela defesa da ex-prefeita para este tipo de tratativa.
O coordenador do Gaeco ainda explicou que “o acordo é efetuado e realizado pelo Ministério Público, submetido à Justiça para verificar tão somente a formalidade do acordo. A materialização dele, o conteúdo dele, as tratativas dele e o que tem a ser oferecido é uma questão exclusiva do Ministério Público”.
De acordo com o coordenador do Gaeco, as investigações prosseguem sendo realizadas em busca de coletar mais esclarecimentos em relação ao caso. Tatiana foi presa na última terça-feira (06) juntamente com o ex-procurador de Conde, Francisco Cavalcante Gomes. Eles são acusados de lavagem de dinheiro, peculato e crime de responsabilidade. A ex-prefeita segue detida no Presídio Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
ClickPB

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