Pais precisam ter cuidado ao expor filhos à tecnologia e impor limites aos avanços dela
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(Foto: reprodução) |
As
crianças de hoje já não são como as de antigamente. A tecnologia também
não. O avanço tecnológico trouxe também conseqüências não tão
agradáveis. De acordo com uma publicação do New Scientist, em 2018 a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve reconhecer o vício em videogames como uma doença mental.
A
publicação reflete uma realidade mais abrangente que já pertence a
muitas famílias. A influência dos celulares, tablets e demais aparelhos
eletrônicos no desenvolvimento das crianças.
De acordo com a
psicóloga clínica infantil e do adolescente, Mônica Bandeira, os pais
precisam tomar cuidado ao expor os filhos às ferramentas. Saber dar
limites é necessário para que as redes não se tornem uma dependência.
“O
fato de estar preso às questões dos jogos ou ficar o tempo todo em uma
só atividade pode comprometer até a capacidade de aprendizagem”,
ressalta.
Segundo Mônica, hoje as crianças têm preferido estar
atentas em uma tela a brincar ao ar livre, interagir com outros da mesma
idade. E a tendência pode crescer ainda mais por ser cômoda para os
responsáveis.
Isso porque, ao ficarem vidradas no celular, a
criança fica mais quieta, até mesmo ao acompanhar os pais em
restaurantes e barzinhos, os chamados “programas de adulto”.
“Muitas
vezes os pais fazem uma extensão de seu trabalho para casa, levam
coisas para resolver em casa. Se os pais chegam e não dão uma atenção à
criança, a criança vai para o celular ”, apontou a psicóloga como uma
situação comum atualmente.
Rotina desajustada
Os
aparelhos também podem colaborar para desajustar as atividades
rotineiras como a hora do almoço, passeios de carro e até mesmo a
dormida. A psicóloga ressalta que esse é o momento em que os pais devem
estar atentos, pois facilmente os eletrônicos podem se tornar a única
rotina para a criança, e ele passar a viver em função disso. Nesse
momento, é hora de agir.
Para a psicóloga, a melhor solução é o
diálogo, especialmente os ‘combinados’. Mônica explica que os combinados
consistem em desenvolver acordos com os filhos, ajustar o que não está
indo bem de uma forma amigável. Nesse caso, determinando horários para
cada atividade, inclusive os momentos de lazer. Em contrapartida, os
pais também precisam se doar mais ao relacionamento com os filhos.
“A
relação com os pais diz muito sobre a forma como ele vai se relacionar
com o aparelho”, ressalta. Segundo a especialista, além de estabelecer
horários para atividade, os responsáveis devem incentivar e até
participar de momento offlines. Seja brincando de bola, com brinquedos,
interagindo na hora de fazer uma pintura.
Sem vilão
Seja
tablet, videogame, celular, Ipad ou qualquer ferramenta, todos
desempenham papel importante no mundo atual, e as crianças dessa geração
já nasceram sabendo disso. A dica da psicóloga é saber equilibrar o
consumo tecnológico com brincadeiras. Pega-pega, banho de mangueira, e
amarelinha ou a que for a preferida dos pequenos. Dessa forma, as
crianças aproveitam os benefícios da tecnologia de forma saudável.
Caroline Queiroz – MaisPB
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