No carnaval paraibano, Secretaria de Estado da Saúde distribuirá 1,5 milhão de camisinhas
Buscando
trabalhar a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, a
Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB) está preparando ações para o
período de carnaval. De acordo com a Gerência Operacional das IST/Aids e
Hepatites Virais, além da distribuição de folders e material
informativo para os foliões, serão distribuídos um milhão e meio de
preservativos masculinos e 100 mil sachês de gel lubrificante em todo o
estado. Este material é enviado para as Gerências Regionais de Saúde,
que fazem a distribuição em seus municípios.
A
gerente estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena,
alertou para o aumento dos casos de Aids na população jovem e a
importância do uso do preservativo. “Precisamos alertar a população
jovem que existe um grande risco de pegar alguma DST e/ou mesmo o HIV,
uma vez que não podemos dizer apenas pela aparência de uma pessoa se ela
tem ou não essas doenças. O jovem não se vê como uma pessoa que corre
riscos e com essa compreensão acaba nas relações sexuais não tendo o
cuidado com o uso da camisinha. Dessa forma cada dia estamos nos
deparando com mais jovens de 15 a 24 anos sendo diagnosticados com HIV
ou Aids aqui no estado”, disse Ivoneide.
Ela
falou sobre a importância do uso do preservativo em todas as relações
sexuais, lembrando que em 2017 foram registrados na Paraíba 557 casos de
HIV e 296 de Aids. “A festa potencializa o uso de bebidas alcoólicas e
aumenta as possibilidades de ‘ficar’ com outras pessoas, e é nesse
momento que a vulnerabilidade aumenta e acabam fazendo sexo sem
camisinha, se colocando em risco. A população jovem tem a ideia errônea
que a Aids não mata, o que não é verdade”, disse.
Segundo
Ivoneide, nos dias pós-carnaval muitas pessoas acabam recorrendo aos
serviços de saúde em busca da PEP (Profilaxia Pós Exposição). É
importante ressaltar que a PEP é um tratamento de 28 dias e não dispensa
o uso do preservativo. “Devemos frisar que a PEP deve ser iniciada até
72 horas pós-exposição ao vírus. Esse tratamento preventivo poderá ser
acessado junto às pessoas que passaram por uma situação de risco com
(fez sexo sem camisinha ou a camisinha estourou) ou sem permissão
(estupro)”, explicou.
A gerente estadual
de IST/AIDS explicou que, para combater o preconceito que ainda existe,
informação é primordial. “Na Paraíba muita gente ainda não se cuida,
não se previne, tem relações sexuais sem camisinha. Para mudar isso é
preciso de informação. As pessoas devem se informar, ler sobre o
assunto. Hoje o acesso à informação está mais fácil, com a internet e
todas as campanhas educativas. Então não é pra ter vergonha ou medo de
falar no assunto, de perguntar. É importante ter informações seguras
para se prevenir, se cuidar para se manter saudável”, concluiu Ivoneide
Lucena.
MaisPB
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