Padre de 70 anos de cidade do interior de São Paulo usa tirolesa para iniciar missa

A
missa de 13 de novembro celebrada pelo monsenhor Augusto Alves
Ferreira, de Espírito Santo do Pinhal, no interior paulista, foi
diferente das outras. A principal novidade não foi no sermão, mas na
aparição do padre, de 70 anos: ele entrou na igreja pendurado por uma
corda e percorreu 30 metros até o altar. Após imagens da aventura
circularem nas redes sociais, Ferreira já se tornou o “padre da
tirolesa”.
De batina, sem sapatos e com uma imagem de Nossa
Senhora da Rosa Mística nas mãos, ele enfrentou o desafio a 12 metros de
altura. E a criatividade não termina ali. “Estamos pensando em uma
coisa mais radical, mas não posso falar para não estragar a surpresa”,
disse o monsenhor, título eclesiástico que era dado pelo papa a
sacerdotes que se destacam nos serviços da Igreja. “Tanto faz padre ou
monsenhor”, disse. “O fato é que na última missa demos 1.500 comunhões”,
afirmou o sacerdote diocesano.
Ele faz questão de dizer que não
fez nada sozinho nem de improviso. “A ideia foi da equipe que ajuda a
paróquia. Fazemos as celebrações da Rosa Mística (título atribuído à
Virgem Maria) há 30 anos e sempre gostamos de fazer uma entrada
diferente nas missas.”
O monsenhor conta que, quando jovem,
praticava esportes, como salto a distância e salto em altura. Quando
alguém sugeriu a tirolesa, o padre topou. “Conversamos com os bombeiros
daqui e eles sugeriram pedir ajuda ao Bombeiros de Mogi-Guaçu, que têm
experiência nisso. Eles vieram quatro semanas e, com a igreja fechada,
montaram a estrutura. No domingo à noite, deixamos tudo pronto.”
Com
ajuda dos bombeiros, o padre usou a estrutura nas três missas.
“Descendo pela tirolesa com a imagem de 1,10 metro nas mãos, acho que
passamos uma mensagem da confiança que temos em Nossa Senhora.
Certamente, quem viu pensou: ‘se o padre de 70 anos tem essa confiança
na Rosa Mística, nós também devemos confiar'”, disse. Toda a operação
foi feita com a aprovação da Diocese de São João da Boa Vista, à qual
sua paróquia é subordinada.
Ferreira, que completou 45 anos de
sacerdócio em 2017, é conhecido na região por missas animadas. O
coroinha Matheus Di Stefani, que atua na paróquia, conta que não é a
primeira vez que ele inova. Em anos anteriores, às vésperas do dia de
Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, a imagem da padroeira do
Brasil foi conduzida à igreja em um carro de corrida.
Bol
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