Promotoria do Patrimônio instaura inquérito para apurar improbidade administrativa do prefeito afastado de Bayeux
Segundo a promotora, o inquérito civil poderá resultar em ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito afastado
| Flagrante de Berg Lima sendo conduzido para a DDF ontem à tarde - (Foto: Walla Santos) |
A Promotoria do Patrimônio Público de Bayeux
instaurou, nesta quinta-feira (6), um inquérito civil público para
apurar a conduta do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima (Podemos),
preso nessa quarta-feira (5), sob o aspecto da defesa do patrimônio
público e probidade administrativa.
O prefeito de Bayeux foi preso em flagrante por suposta prática de
extorsão, durante operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, e da Polícia
Civil, e afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça.
De acordo com a promotora de Justiça Fabiana Lobo, embora o aspecto
criminal do caso seja atribuição da Procuradoria-Geral de Justiça, o
aspecto cível é de atribuição da Promotoria do Patrimônio. Ela vai
solicitar ao Gaeco cópias da documentação que motivou a prisão do
gestor.
O Tribunal de Justiça também decretou a prisão preventiva do
prefeito, que se encontra no Centro de Ensino da Polícia Militar.
Segundo os autos, o prefeito exigiu e recebeu quantia da Empresa Sal
& Pedra Restaurante Receptivo, através do proprietário da empresa,
João Paulino de Assis. A quantia teria sido paga em três ocasiões
distintas, nos meses de abril, junho e julho, nos valores de R$ 5 mil,
R$ 3 mil e R$ 3,5 mil, respectivamente, totalizando R$ 11,5 mil, tendo o
gestor recebido pessoalmente esses valores.
Ainda segundo a promotora, o inquérito civil poderá resultar em ação
civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito afastado.
Segundo a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), o
responsável pelo ato de improbidade pode ser condenado a perda dos bens
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral
do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três
vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos.
ClickPB com assessoria
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