sexta-feira, 9 de junho de 2017

Provas 'oceânicas' contra chapa Dilma-Temer

Ministro Herman Benjamin reconhece abuso de poder na campanha de 2014

Relator acrescenta que defesas não queriam inclusão de delações da Odebrecht porque as provas contra a chapa são “oceânicas”


Paraibano Herman Benjamin, ministro do TSE

O ministro Herman Benjamin, relator do processo da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior (TSE), afirmou nesta noite de quinta-feira, 8, que houve abuso de poder econômico nas eleições de 2014. O magistrado argumentou que essa prática também estava presente em desvio de recursos de contrato relacionado ao navio-sonda da empresa Sete Brasil, criada como uma estrutura intermediária entre a Petrobrás e os estaleiros contratados. Benjamin citou o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que movimentaram, segundo depoimentos à Justiça Eleitoral, recursos oriundos de caixa 2.

“Reconheço os abusos de poder por recursos de navio-sonda envolvendo a Sete Brasil e a Petrobras”, disse. Benjamin afirmou que o esquema garantia uma espécie de estoque de propina, que ele classificou de gordura, o que gerava poder econômico para os partidos em eleições seguintes. “O esquema Sete Brasil era de financiamento de propina-gordura de longuíssimo prazo”, complementou.
Esse é o principal argumento da petição inicial apresentada pelo PSDB após as eleições de 2014. Benjamin citou os depoimentos dos delatores Sérgio Machado, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, operadores no esquema, para justificar o embasamento do que deve ser o seu voto. O magistrado indica que vai pedir a cassação da chapa vencedora no pleito.

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