Cássio Cunha Lima concorda com Elba Ramalho e defende reciprocidade entre forró e sertanejo
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) emitiu opinião
simpática à tese da cantora Elba Ramalho, externada no início do mês
durante entrevista em Caruaru, Pernambuco. A paraibana havia reclamado
da presença de muitos artistas sertanejos na programação do São João de
Campina Grande. Cássio, apesar de não reforçar a queixa, declarou na
noite da última sexta-feira, 9, em visita à Central de Imprensa Carlos
Alberto Silva, no Parque do Povo, em Campina Grande, que deve ser
discutida uma "política de reciprocidade".
“Eu vi a crítica que a minha querida amiga Elba
Ramalho fez. A crítica dela tem sentido. O que ela diz: olha, lá no
rodeio nós, forrozeiros, não entramos. Eu acho que a gente podia, na
política de reciprocidade, não permitir que os sertanejos entrem no
nosso espaço. Isso é o que se faz no Direito Internacional. Política de
reciprocidade. Se eu não entro no seu espaço, você não entra no meu. É
um bom debate. É uma boa discussão que deve ser feita. Vamos usar o que a
diplomacia internacional usa?”, disse o tucano Cássio, numa referência
aos Estados Unidos. Para entrar lá, um brasileiro tem que apresentar o
visto, então, para um americano entrar no Brasil precisa apresentar
visto também.
Apesar disso, Cássio Cunha Lima se posicionou contra o
que chamou de “patrulhamento cultural”. Ele garantiu que a programação
do “Maior São João do Mundo” teria 80% do chamado forró de raiz, do pé
de serra. “Quem não se ressente da ausência de um Alcymar Monteiro no
Parque do Povo neste ano? De um Nando Cordel? Não sei se Nando vai estar
aqui neste ano. Faz falta, claro, mas em outros anos eles estiveram,
como está Ton Oliveira aqui cantando, como esteve Flávio José na
abertura”, comentou.O senador também destacou a iniciativa do prefeito
Romero Rodrigues e a sua "coragem" em ousar e inovar no formato do Maior
São João do Mundo, objetivando fazer algo melhor para o evento junino,
que ganhou projeção nacional e até internacional.
Segundo Cássio Cunha Lima, as mudanças são
necessárias à sobrevivência de uma festa realizada há décadas na cidade.
"O evento não pode ficar estático, imutável. Essa atualização, essa
modernização do Maior São João do Mundo é uma necessidade imperiosa e
indispensável para que o evento continue vivo, com vigor, com seus
aspectos de cultura, de economia, de geração de emprego e de projeção de
uma imagem positiva da cidade. Acho que o prefeito Romero está de
parabéns, especialmente pela coragem de mudar e de enfrentar
paradigmas", ressaltou o senador paraibano.
Para o senador, a pior das situações é da acomodação.
"Quem não ousar ficará para trás", disse. Para ele, essa ousadia e a
coragem de inovar devem ser percebidas como algo positivo, visto que as
mudanças são inerentes ao evento e necessárias à sobrevivência a ao
fortalecimento do Maior São João do Mundo.
A mudança no formato da festa junina de Campina
Grande, com a adoção da parceria público-privada, foi avaliada por
Cássio Cunha Lima como importante também para a economia dos cofres da
Prefeitura Municipal. Esse novo formato do São João de Campina Grande,
baseado em uma Parceria Público-Privada, disse, poderá reverter-se em
benefícios às áreas da saúde, educação e serviços básicos. "Um modelo
onde o dinheiro público é preservado já há um aspecto muito positivo",
frisou.
ParlamentoPB
Esse senador oportunista só ta falando agora pq quer sair como o salvador da festa? E quem foi o idealizador dessa confusão? Não foi o prefeito Romero Rodrigues cria dele e que é um pau mandado dele.
ResponderExcluirOs forrozeiros estão corretos em reclamar, e pq esse senador oportunista não fez algo antes para aconselhar o pupilo dele a não descaracterizar o são João de Campina Grande?
Fora oportunista.