Após gafe racista de ministro do Supremo, Joaquim Barbosa cogita candidatura em 2018
Último Segundo
- O nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim
Barbosa amanheceu figurando entre os assuntos mais comentados nas redes
sociais. O motivo foi duplo: uma gafe preconceituosa contra ele e uma
declaração dada por ele.
Ambas
as situações aconteceram quarta-feira (8), durante uma cerimônia de
aposição do retrato de Joaquim Barbosa na galeria de ex-presidentes da
Corte.
Na
ocasião, Barbosa defendeu as eleições diretas e disse aos jornalistas
que não descarta concorrer à presidência da República, caso o
peemedebista Michel Temer tenha o seu mandato cassado.
“É
uma decisão que cabe a mim, só que sou muito hesitante em relação a
isso”, afirmou. “Hoje eu tenho a meu favor a desvinculação com a função
pública há três anos, o distanciamento necessário da função
jurisdicional”, ressaltou.
Barbosa
chegou a afirmar também que conversou no ano passado com Marina Silva,
da Rede, e mais recentemente com a direção nacional do PSB. Porém,
afirmou que os diálogos foram genéricos e que não há “nada concreto em
termos de oferta de legenda para candidatura”.
Em seguida, Barbosa chegou a criticar a falta de “gente séria” na política do País.
“A
falta dessa liderança política, de pessoas com desapego, realmente
vinculadas ao interesse público, faz com que o país vá se desintegrando
aos poucos. É o que está ocorrendo no Brasil por falta de lideranças
políticas. Falta gente séria à frente dos assuntos de Estado”, declarou.
As declarações foram divulgadas pelo jornal O Globo. “Negro de primeira linha”
Ainda nesse mesmo evento, o ex-ministro do STF passou por uma situação
constrangedora. Isso porque o ministro Luís Roberto Barroso, em uma
tentativa fracassada de elogiar o homenageado, cometeu uma gafe,
chamando-o de “negro de primeira linha”.
“A
universidade (Uerj) teve o prazer e a honra de receber um professor
negro, um negro de primeira linha vindo de um doutorado de Paris”, disse
Barroso, em trecho do discurso sobre a trajetória de Barbosa.
A
expressão virou motivo de piada entre militantes da causa negra que
estavam presentes à cerimônia. Em tom de brincadeira, mas também de
reprovação, eles diziam que se o ex-presidente da Corte era de “primeira
linha”, eles seriam de quarta, quinta ou mais.
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