Fachin nega pedido do ex presidente Lula para suspender ação sobre triplex
O ministro
Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), negou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para suspender ação penal contra ele na Justiça Federal de
Curitiba, que o acusa de ter cometido os crimes de corrupção e lavagem.
Na ação, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma
dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em
contratos com a Petrobras. Segundo o Ministério Público, a empreiteira
destinou ao ex-presidente um apartamento triplex, em Guarujá (SP).
Na reclamação, Lula pede acesso à delação premiada do ex-presidente da
OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, que também é réu no
Paraná. No caso, Moro entendeu que, nas alegações finais (últimas
manifestações do processo), o Ministério Público deve informar se o
acordo foi ou não celebrado, caso não esteja sob sigilo.
A defesa do ex-presidente disse que o juiz contrariou entendimento
consolidado do Supremo de que um suspeito tem o direito de ter acesso às
provas do processo e pediu liminar para suspender a ação penal.
Fachin negou o pedido e entendeu que não houve nenhuma irregularidade que justificasse a suspensão do processo.
Em relação ao acesso à delação, Fachin afirmou que não existem elementos
para verificar se houve ou não o acordo de colaboração e considerou que
posteriormente pode reanalisar a questão.
G1
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