Defesa de parlamentares quer novo relator de delações da Odebrecht no lugar de Edson Fachin
Advogados alegam que citações não estão relacionadas com Lava Jato, que apura desvios na Petrobras e não podem seguir sob relatoria de Fachin

© Reuters
As defesas de parlamentares citados nos depoimentos de delação
premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht iniciaram hoje (17)
no STF (Supremo Tribunal Federal) uma tentativa de retirar seus clientes
das mãos do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação
Lava Jato na corte. As informações são da Agência Brasil.
Desde o início do dia, chegaram ao Supremo pelo menos duas petições
protocoladas pelas defesas do ministro das Cidades, Bruno Araújo, e do
senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pedindo a redistribuição dos
inquéritos a que os parlamentares respondem para outro integrante do
tribunal.
Os advogados alegam que as citações não estão relacionadas com a
operação, que apura desvios na Petrobras e não podem seguir sob a
relatoria de Fachin. Ao longo da semana, a tese deve ser aproveitada
pelos demais deputados e senadores, em sua maioria, investigados pelo
suposto recebimento de caixa dois da Odebrecht.
Em uma das petições, a defesa do senador Ricardo Ferraço sustenta que
o ministro não tem competência legal para investigar as citações.
"Dessa forma, inexistentes hipóteses de conexão dos fatos que serão
objeto de apuração no presente inquérito com os fatos que são objeto da
Operação Lava Jato, resta evidente a necessidade de se determinar a
livre distribuição do presente inquérito para que, diante de seu
definitivo relator, o requerente possa exercer o seu amplo direito de
defesa, demonstrando a completa improcedência das acusações contra ele
imputadas", diz a defesa.
Desde o início das investigações da Lava Jato, os ministros
concordaram com a remessa de investigações sobre propina nas obras da
usina nuclear de Angra 3 e em contratos do Ministério do Planejamento
para a primeira instância da Justiça Federal pela falta de conexão com o
esquema de corrupção na Petrobras.
Notícias ao minuto com informações da Folhapress
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