Ato de policiais contra reforma da Previdência termina em tumulto no Congresso
Categoria se reuniu na Esplanada em protesto contra a reforma da
Previdência. Parte tentou entrar pela chapelaria, e vidros foram
quebrados; Polícia Legislativa usou spray e bombas para conter
manifestantes.
Imagens feitas pelo G1 no local mostram que a Polícia Legislativa
usou spray de pimenta e bombas para dispersar o conflito. Segundo a
Polícia Militar do DF, havia cerca de 1 mil policiais no gramado em
frente à sede do Legislativo, no momento da confusão.
O tumulto começou quando parte dos manifestantes, carregando
bandeiras da UPB, desceu até a chapelaria – rota de acesso de visitantes
e parlamentares – e começou a bater nos vidros da Câmara. A polícia
tentava bloquear a entrada, mas o grupo conseguiu quebrar os vidros e
invadir.
Até as 16h, não havia registro de feridos. O G1 entrou em contato com
a direção do Senado e da Polícia Civil, e aguardava retorno até a
última atualização desta reportagem.
Ato na Esplanada
O ato em oposição à reforma da Previdência foi convocado pela União
dos Policiais do Brasil (UPB), entidade que reúne mais de 30 associações
e sindicatos de segurança pública do país. Segundo a organização do
protesto, comboios das cinco regiões do país vieram a Brasília para as
atividades.
Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Policiais Civis do DF
(Sinpol) afirma que a proposta em tramitação no Congresso é “uma ameaça à
sociedade e resultará em uma polícia cada vez mais envelhecida nas
ruas”.
Também em nota, a UPB afirma que o objetivo do protesto era pedir a
retirada de um dos trechos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287 – justamente o que retira a classificação de “atividade de risco”
das categorias.
A entidade aponta que, na prática, essa mudança elevaria o tempo
mínimo de contribuição para a previdência desses profissionais, “que,
comprovadamente, têm uma expectativa de vida inferior ao restante do
funcionalismo público”.
Fonte: G1 - Publicado por: Amara Alcântara
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